É bem verdade que a atuação do Fluminense foi muito ruim, mas, assim como no ano passado (coincidência, não?), como rival da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), caiu na semifinal do Campeonato Carioca diante do aliado Botafogo sendo prejudicado pela arbitragem. O Alvinegro dominou o jogo e venceu por 1 a 0, gol de Ribamar, com o árbitro da Ferj Rodrigo Carvalhaes ignorando dois pênaltis na equipe tricolor (um em Fred e outro em Douglas).
Em desvantagem e precisando da vitória para chegar à decisão, o Botafogo armou uma verdadeira blitz para cima do Fluminense. Surpreso, o Tricolor se encolheu em seu campo de defesa. Na base de um toque de bola envolvente e se aproveitando de erros de passe do Flu (principalmente de Wellington Silva e Pierre), o adversário foi empilhando chances de marcar. Cavalieri chegou a fazer duas boas defesas em chutes de Ribamar e Salgueiro e ainda viu Gegê, livre da entrada da área, acertar a trave quando nada poderia fazer.
Acuado, o Fluminense não acertava nada. Os laterais não avançavam, os meias não criavam e Fred era figura nula no ataque. Na única boa jogada em todo o primeiro tempo, em arrancada de Osvaldo pela esquerda, Gerson pegou e chutou torto. O árbitro Rodrigo Carvalhaes, no entanto, ignorou pênalti em Fred após cobrança de falta de Scarpa na área e empurrão claro do lateral-alvinegro Luis Ricardo no centroavante. O apito sinalizando o intervalo, certamente, soou como música para os ouvidos de todos os torcedores tricolores. O 0 a 0 estava bom demais, digno de ser comemorado como um título. Isso, no entanto, não os impediu de vaiar o time e com toda a razão.
Na volta para o segundo tempo, Levir Culpi sacou o apagadíssimo Gerson e promoveu a entrada de Douglas. Com isso, deu liberdade a Cícero para atuar mais avançado no meio de campo. A mudança até deu uma melhorada no time, mas o adversário continuava melhor. E de tanto insistir acabou saindo na frente com Ribamar marcando de cabeça após cobrança de escanteio.
Com o resultado adverso, o técnico do Fluminense ousou ao tirar Pierre e Osvaldo e colocar Magno Alves e Marcos Junior, respectivamente. O árbitro ainda ignoraria pênalti em Douglas mais para perto do fim. Porém, não teve como se esconder quando o zagueiro alvinegro Joel Carli, já amarelado, parou Marcos Junior com falta de carrinho e o expulsou. Aí foi a vez do Tricolor partir para o abafa, mas era tarde demais para tentar alguma coisa.
O Fluminense jogou com: Diego Cavalieri, Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre (Magno Alves), Cícero, Osvaldo (Marcos Junior), Gerson (Douglas) e Gustavo Scarpa; Fred.