O Maracanã está sob nova direção a partir desta sexta-feira. Fluminense e Flamengo terão a missão de administrar o estádio pelos próximos 180 dias – prorrogáveis por mais 180, antes de uma nova licitação do Governo do Rio. A Odebrecht, que gerenciou o local desde a reforma para a Copa do Mundo de 2014, entregou as chaves nesta última quinta.
Em seis anos, o Maracanã, sob administração da concessionária, foi deficitário. De acordo com os balanços até 2017, a soma chegava a R$ 247 milhões de prejuízo. Os lucros eram previstos após cinco anos, mas o uso do estádio na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos, impediram a empresa de faturar.
O governador Wilson Witzel decidiu romper o contrato com a concessionária que administra o Maracanã, liderada pela Odebrecht, no último dia 18 de março. A decisão foi determinada pelo não pagamento da outorga por parte do consórcio, desde maio de 2017. Segundo o poder público, a dívida é de R$ 38 milhões.
Pelo acordo, Flamengo e Fluminense vão arcar com os custos fixos do Maracanã, cerca de R$ 2 milhões por mês, além do pagamento mensal de R$ 166.666,67 ao Governo – valor que será repassado ao complexo Célio de Barros e Júlio Delamare. Os clubes também terão direito a explorar o Tour Maracanã diante do seguinte acordo: repasse de 10% do faturamento mensal ou um mínimo de R$ 64 mil.