O Fluminense se destacou neste início de temporada com a filosofia de jogo implantada por Fernando Diniz, que busca a manutenção pela posse de bola, passes curtos desde a defesa e a incessante busca pelos ataques. Com este DNA ofensivo, o Tricolor soma 38 gols em 21 jogos (média de 1,25 por partida), mas engana-se quem pensa que a defesa tem passado despercebido. Em números, é superior ao time do ano passado.
Sob o comando de Fernando Diniz, o Fluminense sofreu 14 gols em 21 jogos (média de 0,66%). Já no ano passado, com Abel Braga, fora 13 gols sofridos, mas em 17 jogos. À época, o Tricolor atuava no esquema 3-5-2, que privilegiava a defesa, que foi um pesadelo em 2017 também com Abelão. Já com Diniz, o Flu joga num sistema mais usual, com a tradicional dupla de zaga.
O bom desempenho defensivo neste ano tem ainda mais valor pelo contexto. A dupla de zaga que iniciou a temporada foi formada por Digão e Ibañez, mas ambos só jogaram juntos por 20 minutos. O primeiro se lesionou na estreia, enquanto o segundo foi vendido ao Atalanta, da Itália, e se despediu na segunda rodada da Taça Guanabara. Matheus Ferraz se firmou como titular, mas dividiu espaço em campo com Nathan Ribeiro, Léo Santos, Frazan, Paulo Ricardo e Nino.
A dupla Matheus Ferraz e Nino, inclusive, esteve em campo nas últimas três partidas e o Fluminense sofreu apenas um gol. Na vitória sobre o Luverdense por 2 a 0, pela Copa do Brasil, foi a primeira vez que o Tricolor passou em branco com os dois na retaguarda. Com a lesão de Léo Santos, que passará por cirurgia, e a ausência de Digão, o ex-Criciúma assumiu a condição de titular.