Não só de homens é formada a famosa “fábrica de craques” do Fluminense. Ali pertinho dos garotos estão as “Meninas de Xerém”, que brilharam e entram em campo para a primeira final do Campeonato Brasileiro Feminino Sub-18 da história do clube. A atual edição ainda é a de 2020 e apenas a segunda realizada pela CBF da categoria. O jogo de ida, contra o Internacional, será neste sábado, nas Laranjeiras, às 10h. A volta está marcada para o dia 20.
Para as jogadoras, a experiência adquirida no ano de estreia, em 2019, foi importante. O Tricolor até foi bem na primeira fase, mas acabou eliminado na segunda sem pontos conquistados. Agora, com sete vitórias em 11 partidas, o Flu chega inclusive com confiança para a decisão após uma goleada por 5 a 1 sobre o Santos na Vila Belmiro.
– Acho que o primeiro Brasileiro foi muito importante para nós, como equipe e individualmente, porque foi a primeira competição de grande porte que a gente disputou com o Fluminense. Foi muito bom para criarmos uma casca. Fomos com um time muito novo, isso fez com que já chegássemos nesse Brasileiro com uma equipe nova, mas ainda assim, com essa maturidade. Então, eu acredito que faltava essa casca que criamos com o passar do tempo – disse Luiza Travassos, em contato com o Lancenet.
Luiza, inclusive, protagonizou uma emocionante entrevista após a vitória na semifinal. Ela exaltou a comissão técnica por acreditar nas jogadoras e, com lágrimas nos olhos, agradeceu pelo trabalho. A jogadora voltou a falar sobre a importância da parceria durante esta complicada temporada.
– A comissão é extremamente importante pra gente. Realmente somos nós que jogamos, tocamos na bola, mas eles também jogam com a gente e fazem de tudo por nós, são fundamentais para o nosso desenvolvimento. Todos têm uma grande parte na minha evolução, eles prestam muita atenção na gente, sempre querendo ajudar. Eu acho que da mesma forma em que eles acreditam na gente, nós acreditamos neles, no trabalho e nas ideias que eles propõem, e isso é muito bom e faz a diferença dentro de campo – afirmou.
Assim como o esporte ao redor do mundo, o futebol feminino também foi bastante afetado pela pandemia. No Fluminense, o procedimento com os atletas do masculino foi repetido com as mulheres, que fizeram treinamentos virtuais enquanto não havia o retorno das competições.