Os últimos detalhes para o clássico de domingo, entre Fluminense e Vasco, foram acertados. O procurador-geral do Ministério Público, Marfan Martins Vieira, se encontrou com o presidente do Consórcio Maracanã S.A, João Borba, para definir questões de acessibilidade e o funcionamento do Juizado Especial Criminal no estádio, confirmado para o jogo de domingo. Ele considerou “excelente” o diálogo.

– A reunião foi solicitada pelo João Borba, que queria interagir com o Ministério Público,  nas áreas de acessibilidade, o Juizado Especial Criminal, a parte de segurança, as questões do Estatuto do Torcedor, então viemos aqui com os promotores das áreas correspondentes a esses serviços sobre os quais o MP exerce fiscalização. O consórcio foi sensível a algumas colocações, outras serão objetos de uma discussão mais aprofundada, mas acho que o balanço geral do encontro foi excelente.

 
 
 

Diante do pedido de detalhes sobre quais pontos específicos foram questionados pelo MP-RJ, Marfan citou a questão das bandeiras e da permissão para entrada de torcedores com alimentos no Maracanã. O consórcio cedeu nas duas questões.

– O importante é que houve um bom diálogo e sensibilidade por parte do consórcio em relação a algumas colocações que o MP fez, questões de aplicação da lei. O Estatuto do Torcedor, por exemplo, autoriza o ingresso no estádio de pessoas com bandeiras, mesmo que estejam presas a bambus. Foi preciso dizer isso. A gente sabe da posição do presidente do consórcio de tentar inibir essa prática, mas a gente sabe que é uma prática que não pode ser inibida porque está prevista. Compreendemos que há uma preocupação do consórcio em preservar o estádio em sua nova arquitetura, no seu novo desenho, mudar um certo tipo de cultura que seria incompatível com o atual perfil. Mas algumas coisas ferem a legalidade e não podem ser implementadas. Questão de alimentação, por exemplo. As pessoas ingressarem no estádio com alimentos é algo que, pela lei, não pode ser proibido. Claro que ninguém vai entrar com sacolas de alimento, mas o sujeito que traz o seu saco de biscoito vai poder entrar, não há a menor dúvida. Então foram esses e outros aspectos discutidos nessa longa reunião, que durou quatro horas – esclareceu.