O WascO bateu o pé pelo lado das torcidas no Maracanã, a Ferj colocou o jogo no Engenhão, mas pelo futebol apresentado a partida merecia até o Aterro. Fluminense e Vasco fizeram um duelo fraquíssimo tecnicamente, mas a atuação tricolor foi patética e a derrota por 1 a 0, gol de Luan, de pênalti, foi para lá de justa. Com o resultado, o time das Laranjeiras saiu do G4 do Carioca, caindo para o quinto lugar.
Desde o início, a impressão que se passava era de que os jogadores levaram para campo as tensões as polêmicas de fora dele. Fluminense e Vasco faziam um jogo feio, pegado e cheio de faltas. Se o árbitro Luis Antônio Silva Santos, o Índio, fosse um pouco mais enérgico, poderia ter até expulsado Guiñazu com cerca de 20 minutos. O volante vascaíno deu duas pregadas fortes em Wellington Silva e só foi punido com o amarelo na segunda, quando quase mandou o lateral tricolor mais cedo para o chuveiro.
A partida era para lá de pobre. A rigor, os dois times pouco criavam. Diego Cavalieri e Martín Silva fizeram apenas uma defesa cada antes do intervalo. O goleiro do Flu pegou uma cabeçada de perto de Gilberto e o do Vasco, um chute de longe de Vinícius. O camisa 12 tricolor ainda derrubou o centroavante cruz-maltino num lance em que foi driblado. Pênalti não marcado para o rival.
Na volta para o segundo tempo, o jogo seguiu nervoso. O árbitro, talvez já sabendo do erro que havia cometido no primeiro, passou a dar tudo em favor do Vasco. Ignorou falta clara em Jean na entrada da área adversária, mas marcou inexistente de Henrique em Gilberto. Na cobrança, o zagueiro Rodrigo mandou no travessão. O rival cresceu e acertou o poste superior novamente logo depois, quando Marcinho levantou falta na área tricolor e Julio dos Santos desviou.
Cristóvão resolveu apostar na garotada. No intervalo, sacou Marlone e lançou Kenedy. Antes dos 15, sacou Lucas Gomes e mandou Gerson pela primeira vez a campo. As substituições, porém, não deram resultado. O adversário seguia superior e numa bola levantada na área, o árbitro conseguiu o que tanto queria: uma chance para compensar o erro da etapa inicial. Viu Victor Oliveira dar leve puxão em Luan e não teve dúvidas: pênalti. Na cobrança, o próprio Luan converteu. Cavalieri quase chegou.
Ao fim do jogo, o péssimo árbitro Índio colocou a cereja no bolo de sua vergonhosa atuação. Depois de dar salvo-conduto para Guiñazu baixar a lenha durante toda a partida, expulsou Rafinha de cara por falta em Thales. A vitória do rival, apesar de tudo, foi justa. O Fluminense nada fez para merecer melhor sorte.