Se antes o G6 era uma meta, agora o negócio é não cair. Até porque já virou rotina ver o Fluminense ter atuações ridículas e patéticas nas partidas que disputa. Na tarde deste domingo, o Tricolor nada fez e perdeu por 1 a 0 para o Ceará, no Castelão, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Vinicius converteu um pênalti para lá de estúpido feito por Nino. O Flu ainda ficou com um a mais desde a metade do primeiro tempo e nem assim foi capaz de ir atrás ao menos de um empate. Uma vergonha!
Para tornar a missão em Fortaleza mais complicada, mal começou o jogo e o Fluminense já estava perdendo. Numa jogada despretensiosa aos três minutos, Nino chegou atrasado e cometeu bobo em Jael. O atacante cearense, diga-se, deu uma bela valorizada, mas houve o toque ocasionado pelo zagueiro tricolor. O árbitro Raphael Claus até poderia não ter marcado, só que também não cabe tanta reclamação. E pênalti contra o Flu todos já conhecem o fim. Bola num canto, Marcos Felipe do outro. Gol de Vinicius (com direito a lei do ex).
A desvantagem inicial atordoou a equipe tricolor. Desorganizado, o time tentava pressionar o Ceará, mas era um tal de todo mundo tentando resolver sozinho. Arias em chute de longe, Luiz Henrique nas ciscadas… O quadro melhorou quando o lateral-direito adversário Gabriel Dias deu entrada criminosa em Marlon. Claus nem falta marcou, mas foi chamado pelo VAR e expulsou com correção.
Com um a mais, o Fluminense tomou conta do campo ofensivo. No entanto, as escolhas erradas continuaram. O Tricolor pressionou, só que não chegou a obrigar o goleiro João Ricardo a fazer qualquer defesa até o fim do primeiro tempo.
Para o segundo tempo, Marcão optou por uma formação mais ousada. Tirou André e colocou Gustavo Apis e mandou Fred no lugar de Caio Paulista. Logo, ficou com dois centroavantes (Hernández mantido em campo). O Flu, porém, seguiu desorganizado. A pressão era na base do abafa. Joga na frente e seja o que Deus quiser.
Com o passar dos minutos, o desespero foi tomando ainda mais conta do Fluminense. Ter mais posse de bola não foi traduzido em chances claras de gol. Na melhor delas, em chuveirada na área adversária, claro, Fred cabeceou por cima. Mas a “inspiração” dos jogadores tricolores não dava qualquer esperança de que algo poderia acontecer. Poderiam ficar jogando por mais três horas e o placar provavelmente seria o mesmo. Talvez algo inédito no futebol mundial tenha havido neste fim de tarde. Nunca antes um goleiro cuja equipe ficou com um a menos desde a metade do primeiro tempo não teve a obrigação de fazer uma defesa qualquer. Impressionante!
Está certo que o Ceará até deu uma abusada do antijogo. A verdade, no entanto, tem de ser dita. O Tricolor nada fez para merecer algo diferente da derrota. Uma vergonha, patético, lamentável. Faltam adjetivos para definir mais uma atuação pavorosa do time das Laranjeiras. É um tormento ver esse bando em campo.
O Fluminense jogou com: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Nino, David Braz e Marlon (Danilo Barcelos, 10′ do 2ºT); André (Gustavo Apis, intervalo), Martinelli e Jhon Arias; Luiz Henrique (Lucca, 26′ do 2ºT), Caio Paulista (Fred, intervalo) e Abel Hernández (Bobadilla, 35′ do 2ºT).