Em dia para se esquecer, o Fluminense teve uma apresentação vergonhosa, não viu a cor da bola e foi derrotado pelo Santos por 1 a 0, neste domingo, no Prudentão. Com o resultado, a situação, que já era ruim, ficou ainda mais complicada. O Tricolor segue com 42 pontos muito perto da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O gol da equipe paulista foi marcado por Thiago Ribeiro.
Apostando numa formação com três atacantes, Dorival Junior não viu o esquema dar certo no primeiro tempo. Atrás, o Fluminense dava muitos espaços e errava passes. Não fossem duas grandes defesas de Diego Cavalieri em chutes de Alison e Montillo, o Santos teria saído na frente logo cedo.
O adversário dominava completamente o meio de campo. Com liberdade, Montillo e Cícero, principalmente, faziam o que queriam. Já o Tricolor, nos poucos momentos que conseguia recuperar a posse de bola, não tinha velocidade nem criatividade para chegar ao ataque com qualidade.
Responsável pela criação, Wágner era um dos que mais errava passes. Samuel, na frente, enrolava-se com a bola quando ela chegava. Sobis também se esforçava, porém, pouco fazia. Dentre os homens ofensivos tricolores Rhayner, pela disposição e compromisso tático de voltar e ajudar lá atrás, foi o único digno de algum tipo de elogio. Se o fim do primeiro tempo fosse o final da partida, o goleiro santista Aranha poderia até mesmo guardar seu uniforme para usar no próximo compromisso da equipe, pois não precisou trabalhar por 45 minutos.
Na volta para a segunda etapa Dorival sacou o inoperante Samuel para a entrada de Valencia, liberando Jean para o apoio. Tal mudança até deu uma ligeira melhorada na equipe, mas longe de ser o ideal para uma apresentação minimamente aceitável.
Com o Santos melhor em campo, a impressão era que o gol adversário sairia a qualquer momento. Dito e feito: Arouca tabelou com Geuvânio e cruzou para Thiago Ribeiro só escorar. Antes disso, Cavalieri já havia salvado em chute cara a cara com o próprio Geuvânio.
Aí virou desespero. Dorival fez as duas últimas substituições que podia tirando Edinho e Sobis para as entradas de Marcelinho e Biro Biro, respectivamente.
Mas nada seria suficiente. Time inoperante e nervoso com a situação complicada formam uma combinação mortal. Até o fim da partida só quem criou chances de marcar foi o Santos. Se tivesse jogo até amanhã, ainda assim seria capaz do Fluminense não ameaçar. A título de curiosidade: Aranha defendeu apenas uma bola no jogo todo aos 11 minutos do segundo tempo ao pegar cabeçada sem força de Anderson. Aí não dá, né? Domingo que vem é dia de enfrentar o Atlético-MG no Maracanã. E precisa vencer para respirar. Senão…