Depois de sair perdendo, o Fluminense conseguiu um aceitável empate contra o Figueirense por 1 a 1, nesta quarta-feira, no Orlando Scarpelli. Everaldo marcou para o time da casa e Cícero deixou tudo igual. O Tricolor ainda foi prejudicado pela arbitragem na expulsão exagerada de Bruno. O rival também teve um jogador a receber o cartão vermelho: Leandro Silva. Com o resultado, o time das Laranjeiras caiu para o sexto lugar no Campeonato Brasileiro, sendo ultrapassado pelo Grêmio.
Cheio de desfalques, o Fluminense até apresentou uma boa postura em campo, mantendo mais a posse de bola e atacando o adversário. Com seu trio de canhotos na criação (Cícero, Wagner e Conca) as jogadas de maior perigo saiam com mais naturalidade pelo lado esquerdo. Chiquinho, improvisado na lateral, também chegava bem à frente. No canto oposto, Bruno era praticamente a única opção. Kenedy, isolado no comando do ataque, até brigava por entre os defensores rivais.
Já o Figueirense, ciente de suas limitações, fechou-se atrás e pouco saiu para o ataque. Mas foi o suficiente para aproveitar cochilo da defesa tricolor e sair na frente com gol de Everaldo, que recebeu às costas de Elivélton e bateu para um gol pouco protegido por Diego Cavalieri mal posicionado no lance. E precisou o Fluminense sair atrás para de fato ameaçar o gol catarinense. Após chute de Wagner defendido por Luan Polli, Conca pegou o rebote e mandou no travessão.
Na volta para o segundo tempo o Tricolor ganhou de presente a expulsão de Leandro Silva. Já com cartão amarelo, o defensor deu bordoada desleal em Biro Biro e recebeu a segunda advertência. Aí começou o jogo de ataque contra a defesa. Cícero escorou cruzamento de Chiquinho na trave logo depois.
A superioridade numérica, porém, demorou menos de 20 minutos. O péssimo árbitro Luiz Flavio de Oliveira adotou a velha “lei da compensação” e mandou Bruno direto para o vestiário em um lance que era para amarelo, quando o lateral tricolor, de maneira estúpida, diga-se, levantou demais o pé acertando o rosto de jogador adversário. No entanto, nem estava olhando para o rival. Errou por simples grosseria. O fraco homem do apito cedeu à pressão da torcida local.
Mesmo assim, a pressão seguiu. O Figueirense se contentava em ficar na defesa e buscar os contra-ataques. O Fluminense, por sua vez, cercava e na hora de finalizar sofria com a pouca capacidade de Kenedy e Biro Biro para acertar o alvo.
Dessa maneira, parecia haver apenas um homem no time capaz de mudar a história do jogo: Cícero. Depois de Kenedy chutar, a bola desviar e bater pela terceira vez na trave, o camisa 5 mandou de cabeça para o fundo da rede e igualou o confronto dando uma cara mais justa ao resultado. Dava para ser melhor, mas não foi de todo ruim.