Peter-Siemsen-Foto-Bruno-Haddad-19.3.15-616x345O Fluminense é um clube totalmente comprometido com o Desenvolvimento Sustentável. Neste sentido, o Tricolor é uma rara instituição no futebol mundial que tem uma diretoria específica para o setor. Além disso, o próprio presidente Peter Siemsen fez questão de preparar e assinar um documento identificando a filosofia e as práticas do clube em busca de um futuro melhor.

– O Fluminense Football Club acaba de mostrar com a declaração do presidente Peter Siemsen, Fluminense Verde Esperança, a sua posição pioneira na história do futebol e dos esportes no Brasil. Este momento significa um passo a frente no comportamento de uma instituição desportiva atrelada ao clima e às ações sociais no planeta Terra, em que o esporte e a natureza caminham juntos. Desde dezembro de 2011, com a criação da Diretoria de Desenvolvimento Sustentável, o clube estava mostrando sua determinação com o futuro, e agora sacramentada com a declaração abaixo. É Importante salientar que diversos projetos em execução como a busca pelo reuso de água, utilização de energias renováveis, reflorestamento do bioma da Mata Atlântica, coleta seletiva de resíduos estão atrelados a outros como a formação de profissionais e atletas com cursos para essas novas práticas – disse Luiz Carlos Rodrigues, diretor de Desenvolvimento Sustentável do clube.

 
 
 

Confira abaixo o documento preparado pelo presidente nas versões em português e inglês, respectivamente:

Fluminense Verde da Esperança

Declaração do presidente

O Fluminense Football Club entende que o esporte e a natureza caminham juntos e, dessa forma, se compromete a zerar as emissões de gases efeito estufa – GHG em todas suas atividades econômicas desportivas, em consonância a decisão da COP – 21 de buscar metas para que o aquecimento global fique bem abaixo até o ano de 2100.

Hoje estamos frente a uma nova realidade no planeta em que o aquecimento global e as mudanças climáticas têm sido identificados como parte dos maiores desafios que a humanidade enfrentará em décadas futuras.

Essa ocorrência tem impacto tanto nos seres humanos quanto nos sistemas naturais e pode causar alterações significativas no uso desses recursos naturais tanto nas atividades econômicas quanto na vida da população.

Nesse sentido, o Fluminense Football Club, em dezembro de 2011, criou a Diretoria de Desenvolvimento Sustentável com o objetivo de se adequar a um sistema de planejamento e produção de serviços dentro das conformidades ambientais.

A nossa gestão comprometida com o trabalho para desenvolver uma sociedade sustentável. O nosso projeto está estruturado em três prioridades-chave como parte da nossa visão ambiental de longo prazo;

1 – Harmonia com a natureza – contribuir com a biodiversidade com o reflorestamento e restauro do bioma Mata Atlântica, educação ambiental.

2 – Valorização dos recursos naturais – ações operacionais de treinamento dos funcionários, busca de materiais recicláveis, redução de desperdício

3 – Reduzir emissões de CO2 – a incorporação do sistema de coleta seletiva de resíduos no clube atua de duas formas na redução dos gases GHG, sistematiza o reaproveitamento e modifica as necessidades de matérias primas para diversos produtos. Diversos projetos de redução de emissões estão em nosso bloco de metas para as próximas décadas.

A primeira determinação do clube para identificar como seriam executadas suas definições de metas para emissão zero de GHG foi o estudo pioneiro em termos de clubes no mundo de fazer o cálculo dos gases efeito estufa advindos da atividade econômica futebol.

A inovação que o Fluminense promove é a identificação de sua atividade desportiva como um sistema econômico. Assim, o clube efetuou uma novidade na quantificação de GEE, em vez de calcular somente a produção em jogos oficiais da equipe principal, conforme algumas entidades já haviam realizado, foram considerados todos os dias de trabalho desde os treinamentos e jogos, incluindo nesse sistema todos os funcionários relacionados a atividade futebol. Dessa forma, foram considerados os atletas, preparadores técnicos, médicos, enfermeiros, massagistas, roupeiros, pessoal de serviços administrativos, e demais profissionais vinculados ao departamento de futebol em todo o ano de 2012. Foram considerados para esse inventários todas as cinco categorias de base da Fábrica de Talentos em Xerem, assim como a equipe profissional.

Para ser feito esse trabalho, no dia 23 de julho de 2013 foi firmado entre o Fluminense Football Club, o Instituto E! e o Ministério Italiano do Meio Ambiente um memorando de cooperação ambiental, sem ônus para o clube, para a realização do inventário dos Gases de Efeito Estufa -GEE gerados pelo serviço econômico futebol gerado pelo clube no ano de 2012.

O segundo projeto realizado pela diretoria de desenvolvimento sustentável teve como parceiros a agência Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammmenarbeit (GIZ) GmbH do governo alemão, que assinou um memorando de cooperação técnica também sem ônus para o clube, em 31 de julho de 2013. Este projeto de cooperação técnica teve como objetivo verificar desperdícios e ineficiência de equipamentos elétricos com a finalidade de eficiência energética e a possibilidade de adoção de energias renováveis.

Estes trabalhos foram realizados para dois locais de atividades do Fluminense Football Club a sede social das Laranjeiras e Centro Técnico Vale das Laranjeiras, em Xerém.

Os dois relatórios de eficiência energética foram entregues ao Fluminense F.C. pela GIZ em 12 de maio de 2014.
Reflorestamento simbólico – O Centro de Treinamentos – Fabrica de Talentos em Xerem, distrito de Duque de Caxias no Rio de Janeiro margeia do rio Saracuruna. Nessa área forma plantadas 3.600 mudas do bioma Mata Atlântica correspondendo a cobertura de 20.000m2 . Esse trabalho foi realizado com a cooperação da Companhia de Águas do Rio de Janeiro- Cedae e a Fundação Santa Cabrini, que nos disponibilizou a mão-de-obra de detentos do regime semi aberto para o plantio. Esse trabalho pioneiro consolida a participação do Fluminense Football Club como um agente social, devido a esses apenados terem um trabalho de ressocialização e redução penal.

No mesmo local o clube adequou seu sistema de tratamento de efluentes implantando um modelo de tratamento anaeróbico do esgoto do alojamento de Xerem. Esse trabalho contou a participação da empresa Ambio de dois tricolores Angelo e Adilio Barros.

Coleta Seletiva – este foi um dos pontos focais do clube como forma de redução dos gases GHG, reutilização de resíduos recicláveis e adequação aos requisitos fundamentais da Lei nº12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010. Dessa forma, todo resíduo produzido no clube tem o procedimento de geração de manifesto e acompanhamento de recebimento de suas vias, na conformação dos quesitos atribuídos por esta lei.

Planejamento de metas

1 – O Fluminense Football Club realizará em 2016 o estudo de emissão de gases efeito estufa de todas suas atividades econômicas desportivas e sociais, tal qual o modelo desenvolvido pelo segmento futebol.

2 – No decênio de 2017-2027 serão desenvolvidos os projetos que busquem reduzir todas as emissões geradas atualmente pela sede social e Centro de Treinamentos em Xerem, que serão modificadas para sistemas de energias renováveis treinamento dos profissionais e atletas do Centro de Treinamento Fabrica de Esperanças treinamento dos atletas dos Esportes Olimpicos treinamento dos profissionais da sede social das Laranjeiras

3 – No período até o ano de 2050 o clube atuará na redução de suas emissões indiretas, aquelas geradas em eventos que não são promovidos dentro de suas unidades, buscando o alcance das metas do Acordo do Clima.

Peter Eduardo Siemsen
Presidente do Fluminense FC


Sem comentários