O Fluminense teve uma noite horrorosa nesta quarta-feira, no Giulite Coutinho. A equipe tricolor não jogou nada e pode até comemorar o empate por 0 a 0 contra a Portuguesa. Afinal, levou duas bolas na trave. No terceiro jogo pelo Carioca, chegou ao segundo ponto e segue na lanterna do Grupo C da Taça Guanabara. A torcida, com razão, protestou ao fim da partida. Gritos de “time sem vergonha”, “queremos jogador” e “ei, Abad, VTNC” foram ouvidos em Edson Passos.
Na partida desta quarta, Abel voltou a apostar na formação com três zagueiros. O Fluminense conseguia reter mais a posse de bola, só que faltava objetividade. O meio de campo tinha grandes dificuldades para articular as jogadas. Os laterais/alas (Gilberto e Ayrton Lucas) eram peças apagadas e Sornoza, único meia de origem, também. Exceto por um chute de longe de Douglas e que passou por cima logo no início, o Tricolor pouco fazia.
A Portuguesa atuava de maneira até inteligente. Dava campo ao Fluminense e saía na boa. Nas estocadas ao ataque, levou até mais perigo. Jhonnatan furou livre na grande área ao receber cruzamento rasteiro. Alexandro, de cabeça, ameaçou. Perto do fim do primeiro tempo, a equipe tricolor ainda escapou de sair atrás com o árbitro Grazianni Maciel Rocha ignorando pênalti claro de Gum em Sassá.
O Flu precisou de um personagem pouco provável para ainda ameaçar antes do intervalo. O zagueiro Ibañez arrancou pela esquerda e parou com falta na entrada da área. Na cobrança, Sornoza obrigou Milton Raphael a praticar excepcional defesa.
No segundo tempo Abel Braga abriu mão do esquema com três zagueiros e o Fluminense melhorou, de cara. Voltou com Robinho no lugar de Renato Chaves Passou a triangular mais na frente e Sornoza, em chute interceptado pela zaga, ficou bem perto de abrir o marcador. Matheus Alessandro também foi lançado e parecia que a equipe tricolor deslancharia. Pena que o gás acabou rapidamente. Antes acuada, a Portuguesa ficou bem mais perto de marcar. Foram duas bolas na trave de Júlio César. Uma em chute de Fabinho e outra em cabeçada de Marcão.
Com o passar do tempo, o desespero e insatisfação da torcida foram aumentando. Xingamentos direcionados ao presidente Pedro Abad e à equipe, além do pedido por reforços foram entoados nas arquibancadas. Antes do fim, Sornoza ainda seria expulso por tentar acertar um tapa em adversário numa dividida.
O Fluminense volta a campo no domingo para encarar o Madureira, no Raulino de Oliveira.
O Fluminense jogou com Júlio César, Renato Chaves (Robinho, intervalo), Gum e Ibañez; Gilberto (Caio, 28 do 2ºT), Jádson, Douglas (Matheus Alessandro, 13 do 2ºT), Sornoza e Ayrton Lucas; Marcos Júnior (Pablo Dyego, 28 do 2ºT) e Pedro.