Diretoria não irá se opor no caso de jogadores se recusarem a entrar em campo (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Em meio à paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, os bastidores do futebol carioca têm sido agitados. E o Fluminense vem mantendo uma postura firme na questão de não apressar o retorno aos campos. O Tricolor, por exemplo, foi o único a votar pela extensão das férias até o fim de abril. Os demais grandes eram contrários. Além disso, no clube se entende que o retorno das atividades deve contar com o aval das autoridades sanitárias e também há uma questão jurídica envolvida. Pela lei em vigor, os jogadores podem se recusar a entrar em campo sem que exista também o sinal verde do sindicato que representa os atletas. E a diretoria não irá se mover em possível negativa do elenco.

Caso o Fluminense seja punido com um W.O, existe a certeza que estará amparado pela legislação para reverter o quadro.

 
 
 

No caso do Flu, a diretoria não abre mão de estar totalmente amparada por autoridades competentes no caso de um funcionário contrair o Covid-19. Se não houver esta segurança, a cúpula entende que não há ambiente para treinos e jogos. Há um desgaste com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Tanto que a entidade convocou médicos de Flamengo, Vasco, Botafogo e Boavista para a elaboração de um protocolo final de saúde, mesmo com profissionais tricolores tendo contribuído com sugestões e assinado a versão final.

Já no grupo criado pela CBF, Marcos Aziz, médico tricolor, está presente.

A diretoria do Flu não vê sentido na pressa para retorno das atividades sem a previsão de datas para as competições. Uma volta antes pode atrapalhar a preparação do grupo. Mário Bittencourt tem conversado com os demais presidentes dos grandes do Rio, mas não há unidade no discurso. Rodolfo Landim (Flamengo) e Alexandre Campello (Vasco) são interlocutores frequentes, mas o tom ainda afasta os históricos adversários das quatro linhas.