1A briga pelo lado direito do Maracanã fez o Vasco ir até a Justiça para tentar ter acesso ao contrato que garante ao Fluminense abrigar sua torcida no local. Entretanto, segundo Jackson Vasconcellos, ex-diretor geral do Tricolor, a cláusula, até sua saída, em agosto de 2014, não existia.

Ele participou ativamente das negociações com o Consórcio Maracanã, assinado em 2013, e revela que desde seu desligamento do clube não havia nada no contrato sobre o lado direito. Resumindo: nos quatro jogos contra o Vasco realizados no Maracanã desde a reabertura, a torcida do clube das Laranjeiras ficou no Setor Sul sem ter nada oficial.

 
 
 

– Peter sempre insistiu nisso (ter o direito ao lado fixo em contrato). Mas quando o acordo foi fechado, a concessionária não queria ir por esse caminho. Logo na reabertura do estádio, já era um jogo com o Vasco e houve uma discussão enorme pelo lado direito da arquibancada, discussão na Federação e tudo. Lembrei ao Peter que não estava no contrato, mas de certa forma blefamos ali. O presidente pediu para trabalhar isso como um anexo para ser adicionado ao documento.

A partir do primeiro jogo contra o Vasco, quando o Flu já se posicionou do lado direito, o Fluminense redigiu o termo aditivo que lhe dava a garantia de colocar sua torcida no lado direito do Maracanã e enviou ao Consórcio.

– O João Borba (então presidente do Consórcio) disse que ia assinar, mas não assinou. O anexo nunca voltou. Quando o Mário Bittencourt assumiu a vice-presidência de futebol (maio do ano passado), o assunto voltou à tona. Ele analisou o contrato, virou para mim e disse: ”Esse troço não está no contrato”. Eu confirmei e disse que o combinado era incluir um aditivo, mas a concessionária sempre fugiu. O Mário chegou a marcar uma reunião com o Consórcio para discutir isso. Ao mesmo tempo, o Fluminense sempre afirmava que tinha isso em contrato. Até o momento que eu sai, em agosto de 2014, nada foi resolvido, não havia cláusula alguma. Os quatro jogos até agora aconteceram sem essa cláusula e com o clube afirmando que tinha direito – recorda o ex-diretor.


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