Por Rodrigo Mendes
Muito modificado e cheio de desfalques, o Fluminense jogou com dignidade, mas não conseguiu segurar o Figueirense, neste domingo, no Orlando Scarpelli. O Tricolor perdue por 1 a 0 e encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro com 47 pontos e no 13º lugar. O adversário se salvou do rebaixamento, mandando para a Segunda Divisão o Vasco e o Avaí. Marcão fez o gol dos catarinenses. Vale destacar que o Cruz-Maltino cairia de qualquer maneira, pois não bateu o Coritiba.
Quem imaginava que o Fluminense poderia entrar para entregar o jogo e prejudicar o Vasco logo cedo, pelo menos na atitude do time, podia mudar de opinião logo cedo. O Tricolor foi a campo com disposição e procurando as jogadas. Já o Figueirense, mandante e em situação desesperadora, ser uma equipe tensa, dando espaços e, volta e meia, apelando para a violência.
No intuito de aproveitar o nervosismo do time da casa, o Fluminense saia com perigo nos contra-ataques. Tinha em Cícero e Scarpa figuras importantes na criação dos lances. Na jogada mais perigosa em todo o primeiro tempo, Cícero fez cruzamento para Magno Alves chegar batendo de primeira e ficando muito perto de abrir o marcador.
Sólida, a nova defesa tricolor (formada por Nogueira e Artur no miolo) dava poucos espaços. O Figueirense só chegou a ameaçar num cruzamento que terminou em bate-rebate e chute torto de Carlos Alberto. Carlos Alberto, inclusive, fez hora extra na partida, pois, pouco antes do intervalo, deu entrada de sola criminosa em Léo Pelé e levou só amarelo. Era jogada clara de expulsão. O lateral-esquerdo precisou ser substituído por Jonathan.
Na volta para o segundo tempo, o Figueirense, na necessidade de chegar à vitóia, viu seu técnico ousar com a saída do volante João Vitor para a entrada do centroavante Marcão. E foi o próprio homem de área que aproveitou uma verdadeira pichotada de Artur para abrir o marcador. O zagueiro tricolor cochilou em bola que estava saindo, mas não passou pela linha lateral e o atacante roubou dele antes de arrancar, ganhar na dividida e chutar sem chances para Júlio César. Resultado: 1 a 0 no placar e festa das duas torcidas no estádio.
Mesmo com o resultado que lhe satisfazia, o Figueirense seguiu melhor na etapa final e, por pouco, não ampliou. Thiago Heleno, numa bomba de fora da área, acertou o travessão de Júlio César. O Fluminense não encontrava forças para reagir e acabou justamente derrotado.
Está certo que neste domingo já não valia nada, mas o Flu encerrou sua participação como o lanterna do returno, quebrando um próprio recorde negativo. Fez seu pior turno num Brasileiro por pontos corridos, superando a campanha horrível do primeiro turno de 2009. Muita coisa tem de ser revista para 2016, ou iremos penar novamente.
O Fluminense jogou com: Júlio César, Wellington Silva, Nogueira, Artur e Léo Pelé (Jonathan); Pierre, Edson, Cícero e Gustavo Scarpa; Marcos Júnior e Magno Alves.