O Fluminense está bem perto de quitar o Ato Trabalhista, concluindo etapa do pagamento de suas dívidas. O acordo que renegociou R$ 121,2 milhões em 2011, ainda na gestão Peter Siemsen, terminou em dezembro de 2020. Porém, falta o acerto de parcelas suspensas no início da pandemia do novo coronavírus. Por conta da crise financeira agravada com a situação da Covid-19, o clube conseguiu na Justiça em abril um mandado de garantia para a suspensão durante três meses das parcelas do Ato, tal qual Botafogo e Vasco haviam conseguido. No julgamento, a decisão para o Tricolor das Laranjeiras foi de postergar 50% do valor mensal, o que aconteceu de agosto a outubro. Em novembro, a medida foi derrubada para todos pela desembargadora Mery Bucker Caminha.
Para concluir o Ato Trabalhista, a diretoria tem de quitar esse vencimentos em aberto. As parcelas nos nove anos aumentaram forma gradual. Começaram em R$ 1,2 milhão e terminaram em R$ 1,4 milhão. Tais quantias eram retidas direto dos direitos de transmissão. Agora, a diretoria já negocia com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para montar um segundo Ato Trabalhista e renegociar dívidas com ex-jogadores que não entraram no primeiro Plano Especial de Execução. São os casos surgidos pós-2011, como processos de Júlio César, Aquino, Lucas, Kayke, Airton, De Amores etc. Assim, as cobranças são centralizadas e se evitam bloqueios judiciais de receitas.
O pensamento é de pagar parte da enorme dívida do clube e evitar penhoras. Há a preocupação para as parcelas do segundo Ato não comprometerem tão diretamente o fluxo de caixa, atrasando ainda mais salários de atletas e funcionários.