Dia fundamental para as pretensões do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Ocupando a incômoda 16ª posição, o Tricolor foi à Minas Gerais encarar o Atlético-MG, no Independência, em clima complicado. Sem poder contar com seus dois principais jogadores de linha, Fred e Jean, Luxemburgo fez mais uma nova aposta, agora no meia Rafinha. Com um miolo de zaga diferente e, mesmo com um a menos por mais de 20 minutos, o Tricolor não deixou a peteca cair e só foi superado em dois gols de bola parada de Ronaldinho Gaúcho. No fim, 2 a 2.
Depois de uma semana um pouco mais tranquila, apesar do resultado negativo no último sábado, o técnico Vanderlei Luxemburgo pode trabalhar o grupo de forma mais eficaz, de forma secreta. Para o duelo diante do Atlético-MG, no Independência, o treinador apostou em Rafinha e não recuou a equipe, mantendo a estrutura tática de outros jogos. Rhayner e Wágner fechavam a linha de três, antecedendo Rafael Sobis. E, talvez para a surpresa de todos, o Time de Guerreiros jogou de igual para igual, mesmo fora de seus domínios.
A partida teve ritmo truncado. Com 10 minutos, oito faltas já haviam sido marcadas. O Flu tentava explorar erros do Atlético-MG, enquanto que os mineiros tentava, sem sucesso, uma pressão. O prêmio verde, branco e grená veio aos 13. A aposta de Luxa no jovem Rafinha fez efeito. Ele recebeu em velocidade na direita e cruza. Luan tira mal e a bola sobra para Wagner mandar para o gol! O primeiro tempo continuou favorável ao Flu, com o Atlético preocupando nas chegadas de Fernandinho, sempre em cima de Bruno.
Galo empatou no fim do primeiro tempo, com uma cobrança incrível de falta, por parte de Ronaldinho Gaúcho. Na etapa complementar, o Fluminense continuou mantendo o seu jogo, esperando o contra-ataque. Carlinhos chegava bem sempre que tinha bola nos pés. Wágner também tinha boa participação. E, nessa estratégia, saiu o gol do Time de Guerreiros. Após uma bobeira de Richarlyson, a rendondinha sobrou pra Rhayner, que avançou em velocidade e marcou um golaço, encobrindo o goleiro.
O atacante, que poderia sair como herói, depois do gol, acabou sendo expulso, depois de chegar atrasado num lance. A partir daí, foi um jogo de ataque contra defesa. O Galo, por si só, esbarrava na defesa tricolor e em Cavalieri. Mas, novamente, uma falta na intermediária daria a chance que o Atlético-MG queria. Ronaldinho foi novamente para cobrança e deu números finais para o confronto: 2 a 2. Apesar dos pesares, o resultado comprovou que, nem sempre, quando se cai no Horto, tá morto. Que venha o Bahia!