Flu exorciza fantasma e está classificado para as quartas de final da Sul-Americana

Pedro faz gol salvador no fim do jogo

A história parecia que não se modificaria. O Fluminense não fez bom jogo na altitude de Quito, perdeu novamente para a LDU mas, ao contrário de 2008 e 2009, está classificado. A equipe equatoriana abriu 2 a 0, gols de Barcos e Cevallos, ambos no segundo tempo. Quando tudo parecia perdido, Pedro, aos 41 minutos, marcou o gol salvador que deu a vaga ao Tricolor às quartas de final da Copa Sul-Americana.

O começo  foi promissor. Os tais 15 minutos iniciais de pressão da LDU não existiu e sem temer a atitude, a equipe de Abel procurou ter a posse de bola. Com dois minutos, quase abriu o placar na sua principal chance no jogo, com Peu, de cabeça, após cobrança de lateral para a área de Léo. A bola tocou no travessão.

 
 
 

O Flu controlava o meio-campo e a Liga de Quito pouco chegava na frente. Orejuela, Douglas e Wendel ditavam o ritmo da partida e quando era atacado, os donos da casa mostravam insegurança.

Mas por ironia do destino, o Tricolor só conseguiu manter seu torcedor tranquilo no primeiro terço do jogo. A partir daí, a equipe passou a errar em excesso.  O time não conseguia construir contra-ataques e a defesa, seja com os laterais, quanto, principalmente com os zagueiros Frazan e Nogueira titubeavam na maioria dos lances. A cada bola cruzada na área, o torcedor em casa ou na rua, engolia a seco. Falando em Nogueira, este não ganhou uma pelo alto. Por sorte, do outro lado estava um Barcos mal tecnicamente e uma equipe deveras limitada.

O Tricolor teve duas boas chances em cobranças de falta na entrada da área, mas não aproveitou. Nos 15 minutos finais, a LDU teve oportunidades de marcar. Esbarrou em suas próprias fraquezas, para nossa alegria, como dizia o outro.

Do lado dos visitantes, Wellington Silva, mais uma vez, fez um jogo fraquíssimo. Wendel, individualista, demorava a soltar a bola, os laterais pouco atacavam e apresentavam falhas de marcação. Scarpa também pouco apareceu e Peu, isolado, só brigou com a bola.

No segundo tempo, Abel voltou com Pedro no lugar de Peu, mesmo com a dificuldade monstruosa de a bola chegar no ataque.  A postura do time não mudou. Continuou tomando pressão da LDU e logo tomou o gol.

Importante lembrar que houve lance discutível de Gustavo Scarpa dentro da área, que o árbitro, distante do lance, não marcou.

Nogueira, o pior em campo, não marcou Barcos, pediu impedimento e viu o Pirata, no meio da defesa, abrir o placar de cabeça. Douglas, machucado, saiu para a entrada de Marlon Freitas e em uma de suas primeiras participações, falhou decisivamente. Não acompanhou a marcação e o meia Cevallos, filho do goleiro campeão em 2008, ampliou: 2 a 0.

Com dificuldades de criação, o técnico tricolor, Abel Braga, preferiu não utilizar Sornoza, pois na última mudança colocou Robinho no lugar de Wellington Silva. Manteve os três volantes e o time pouco criou.

Tudo parecia perdido. Até que brilhou a estreia de Abelão e de Pedro. Em cobrança de escanteio, o centroavante escorou para o fundo da rede. Golzinho salvador, que nos coloca frente a frente com nosso maior rival, o Flamengo, na próxima fase da Sul-Americana.

Escalação do Flu: Júlio César; Lucas, Nogueira, Frazan e Léo; Orejuela, Douglas (Marlon Freitas) e Wendel; Gustavo Scarpa, Wellington Silva (Robinho) e Peu (Pedro).