Após o quarto tropeço seguido, Cristóvão Borges balança no cargo. É o que noticia Mauro Cezar Pereira, comentarista dos canais ESPN, em seu blog. Embora a relação entre o presidente do Fluminense e da Unimed seja conflituosa, ambos admitem a possibilidade de demitir o treinador, noticiou o jornalista. Confira o post na íntegra:
“O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e o mandatário da Unimed, Celso Barros, possuem uma relação bastante conflituosa. Porém, mesmo sem conversarem entre si, possuem um pensamento parecido sobre Cristóvão Borges: internamente, os dois já admitem a possibilidade de demitir o técnico.
Os dois principais dirigentes do futebol tricolor acreditam que o treinador não teve coragem de fazer as mexidas necessárias na equipe, principalmente depois que o atacante Fred voltou da Copa do Mundo. Se o time estava indo bem sem um centroavante fixo, com o retorno do camisa 9 a produção ofensiva caiu, assim como o rendimento do Fluminense em campo.
Para Peter e Celso, Cristóvão deveria “controlar o vestiário”, algo que eles sentem que não acontece hoje. A referência da dupla é Abel Braga, que tem um perfil mais de “paizão”, “boleiro”, enquanto o atual técnico é mais estudioso. Em sua última passagem pelas Laranjeiras, Abel reassumiu em 2011 e levou o Fluminense ao terceiro lugar do Brasileirão para no ano seguinte se sagrar campeão.
Ou seja: ao invés de dar suporte ao atual treinador, pensam no “mais simples”, demiti-lo.
Além da queda de rendimento no Campeonato Brasileiro e a eliminação surpreendente na Copa do Brasil, existe uma crise interna no Fluminense por conta de atraso em pagamento de premiação e impasse na renovação de alguns jogadores — atletas querem contratos mais longos, mas a Unimed não está inclinada a aceitar isso.
Quem estaria ainda segurando a barra dentro do clube é o vice-presidente de futebol, Mário Bittencourt, favorável à permanência do técnico. Cristóvão foi contratado pelo Fluminense e tem seus salários bancados pelo clube. Ele chegou em meio à última grande crise com a Unimed, pois Celso Barros queria seguir com Renato Gaúcho no comando, mas Peter Siemsen o demitiu. Por causa disso, a parceira afirmou que não pagaria o salário do próximo treinador, bancado 100% pelos cofres tricolores”.