Único clube entre os grandes do Rio de Janeiro a acertar com o elenco uma redução salarial durante a paralisação das atividades por conta da pandemia do novo coronavírus, o Fluminense também está sozinho em outra questão: a preservação dos empregos e contratos dos funcionários. Em todos os outros três, houve cortes neste sentido.
Além dos jogadores, membros da comissão técnica e diretores com salários maiores, voluntariamente, também diminuíram seus vencimentos para preservar os empregos de quem ganha menos no Fluminense. Internamente, havia o entendimento que sem estes cortes em remunerações seria impossível passar pela pandemia sem algumas demissões imediatas.
Porém, ainda há alguns problemas a serem superados. O Flu deve o pagamento a jogadores e funcionários o salário de março em CLT. No dia 7 de maio vencerá abril. Direitos atrasados de atletas que têm recebem tal benefício também estão atrasados desde o ano passado.
Entre os rivais, o Botafogo demitiu 45 funcionários na segunda-feira. O Flamengo já mandou embora 60 pessoas e, na última sexta, acertou a redução de 25% nos vencimentos daqueles que recebem mais de R$ 4 mil por mês. O Vasco, por sua vez, suspendeu por dois meses o contrato de 250 funcionários. Em nenhum dos três, pelo menos por enquanto, houve cortes na remuneração dos atletas.
A redução salarial dos jogadores no Fluminense foi acertada da seguinte maneira: Houve corte de 15% nos vencimentos de março, com os 85% restantes sendo diluídos no restante do ano. O mês de abril, no qual foram dadas férias ao elenco, também haverá uma divisão com metade sendo paga em dezembro. Para maio, a redução foi de 25%. Se o futebol for retomado, o pagamento também voltará a ser integral.