A operação “Penalidade Máxima” capitaneada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) vem chocando, dia após dias, os torcedores, fãs e profissionais do futebol. Aos poucos, um esquema altamente elaborado com manipulações no futebol a partir de apostas envolvendo atletas dos mais diversos clubes, vem sendo revelado. Para muitos especialistas, essa é apenas a ponta do iceberg, posto que, além de atletas, dirigentes, empresários e árbitros também podem estar ligados às ações criminosas.

Em torno disto, a diretoria do Fluminense, sobretudo o departamento do jurídico do clube, conforme apuração do NETFLU, estuda implementar medidas similares a do Vasco da Gama que, até aqui, não teve nenhum atleta citado. O clube de São Januário promoveu uma ação de conscientização entre seus funcionários e propôs uma cartilha, para evitar casos parecidos com os que têm sido explanados diariamente desde a última semana.

 
 
 

O objetivo da cúpula do Fluminense é blindar, ao máximo, a imagem da instituição em meio a um momento complicado envolvendo as manipulações. Ainda não existe uma data, tampouco um encontro marcado para se discutir o assunto internamente, mas ele será discutido tão logo sejam definidas as diretrizes.

Paralelo a isto, o texto da medida provisória que visa regulamentar as casas de apostas no Brasil está pronto e foi entregue ao presidente Lula na noite desta quarta-feira, segundo informações do GE. A redação foi feita pelo Ministério da Fazenda e encaminhada via Casa Civil. Nela é previsto que as casas de apostas terão menor fatia da arrecadação e mais obrigações junto ao governo. Também foi encaminhado ao presidente o texto de um decreto para a criação de um grupo de trabalho para acompanhar problemas do setor, como manipulação de resultados.

É importante destacar que a nova lei, que ainda precisa ser votada, impede as apostas de atletas, empresários, dirigentes e qualquer pessoa ligada a clubes e jogadores de futebol, no intuito de eliminar a possibilidade de farsas e falcatruas. No Fluminense, por exemplo, Vitor Mendes foi afastado, já que fora citado pela operação “Penalidade Máxima” quando atuava pelo Juventude. Além disso, o meia Nathan, atualmente emprestado ao Grêmio, mas que defendeu o Tricolor na temporada passada, foi outro nome dentro do investigação do MP-GO revelado recentemente.