Na presidência do Fluminense, Mário Bittencourt tem adotado uma nova estratégia no que diz respeito às dívidas e penhoras sofridas pelo clube. O mandatário não renegociou o Ato Trabalhista, mas tem buscado acordos pontuais com ex-funcionários e ex-jogadores que entraram na Justiça contra o Tricolor para evitar penhoras de receitas.
O Fluminense conseguiu identificar 147 ações fora do acordo com o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) em janeiro de 2011. Destas, com algumas em execução, totalizam R$ 135 milhões.
Ainda na gestão Peter Siemsen, em 28 de novembro de 2011, o Fluminense firmou com o TRT o Plano Especial de Execução, conhecido como Ato Trabalhista. Neste, o clube se comprometeu a quitar em nove anos um total de R$ 121,2 milhões. Com este parcelamento, evitava desembolsar quantias importantes a cada derrota na Justiça. Porém, por não pagar em dia, não recolher impostos ou quitar rescisões contratuais, novos processos foram gerados. São estes que, após julgados, geram bloqueios financeiros. Um exemplo foram as dispensas de jogadores como Cavalieri, Henrique e Marquinho, no fim de 2017, por WhatsApp, já sob a presidência de Pedro Abad.
Hoje o Ato consome R$ 1,2 milhão por mês do Fluminense. Mário chegou, em campanha, a falar sobre alongar o acordo. O pagamento está em dia, pois, no fim de sua gestão, Pedro Abad fez um acordo que parte do dinheiro por direitos televisivos do Tricolor seria destinada a este fim.