Não foi brilhante, mas o Fluminense fechou sua participação na fase de grupos da Libertadores com mais uma vitória. Após primeiro tempo muito ruim, o Tricolor reagiu no segundo para vencer, de virada, o Alianza Lima (PER) por 3 a 2. Keno, Marcelo e John Kennedy marcaram para o Flu, com Arregui e Serna descontando.

Para a última partida da fase de grupos, Fernando Diniz optou por uma formação diferente. Abriu mão de ter um jogador de criação no meio de campo (Ganso e Renato Augusto no banco), além de ter improvisado Martinelli na zaga. E o resultado dessas escolhas se mostrou um enorme equívoco desde cedo. Logo na primeira oportunidade, o Alianza abriu o marcador com Arregui subindo de cabeça às costas de Marcelo para aproveitar cobrança de escanteio.

 
 
 

Com a ausência de um camisa 10, Arias era quem tentava voltar um pouco mais para tentar criar algo, mas o Flu, bagunçado, sentia a falta de um meia criativo. Era uma equipe “capenga” e que vivia/dependia de lampejos. Quase fez o gol de empate na mesma moeda com a qual sofreu. Marcelo bateu escanteio e Keno cabeceou na trave.

A torcida, aos poucos e de maneira bem justificada, começou a perder a paciência. Eram muitos erros e jogadores como Alexsander e John Kennedy abusavam nas tentativas de resolverem em lances individuais (a enorme maioria sem sucesso). Ao apito final do árbitro uruguaio Esteban Ostojich (que, aliás, marcava tudo para os peruanos e nada para o Flu), alguns tricolores nas arquibancadas até ensaiaram xingamentos a Diniz.

Diante da atuação abaixo do esperado no primeiro tempo, Fernando Diniz voltou para o segundo com três mudanças. Sacou Guga, Felipe Melo e Alexsander para as entradas de Marquinhos, Marlon e Ganso, respectivamente. A partida ganhou em emoção com o Fluminense empatando já no primeiro lance. Marcelo cruzou, a zaga cortou mal, Marquinhos chutou e, no rebote do goleiro, Keno empurrou de cabeça. Poderia ser a senha para uma reação/virada imediata. Porém, os peruanos voltaram à frente minutos depois. Numa bobeada da defesa tricolor, Serna aproveitou corte mal feito de Lima e acertou uma bomba no ângulo de Fábio.

Nunca é fácil. Nunca mesmo. Mas o Fluminense tem Marcelo. Se lá atrás ele deu bobeada no primeiro gol adversário, na frente a história é muito outra. Em linda jogada, tabelou com Cano e mandou um canudo no canto do goleiro Saravia para igualar o placar novamente.

A partida, então, ficou lá e cá. O Flu até chegou a passar por apuros. Fábio precisou fazer excelente defesa em chute de Hernán Barcos. O gol da virada veio com dois jogadores que estavam apagados. Jhon Arias achou lindo passe e John Kennedy acertou belo chute cruzado para marcar o terceiro do atual campeão da América. Se não foi brilhante em termos de atuação, a vitória tem enorme valor no fechamento da fase de grupos. Afinal de contas, o Tricolor chegou aos 14 pontos e, agora, aguarda os outros resultados para saber sua posição entre os primeiros (quanto melhor, maiores as possibilidades de resolver confrontos de mata-mata em casa no avançar da competição).

No momento, é hora de esquecer um pouco a mais importante competição do continente e focar no Brasileiro. No sábado, o Fluminense enfrenta o Juventude, no Maracanã.

O Fluminense jogou com: Fábio, Guga (Marquinhos, intervalo), Martinelli, Felipe Melo (Marlon, intervalo) e Marcelo; Alexsander (Ganso, intervalo), Lima e Jhon Arias; Keno (Douglas Costa, 33′ do 2ºT), John Kennedy e Germán Cano (Renato Augusto, 28′ do 2ºT).