Uma mentira dita muitas vezes torna-se verdade. Nesse sentido, a pesquisa O GLOBO/Ipec que possivelmente surpreendeu a torcida do Fluminense com a 15ª colocação nacional, considerados os percentuais de menções, traz ainda outras novidades ao senso comum.
Embora seja por vezes tachado de “elitizado”, o torcedor tricolor se concentra, na verdade, em uma classe média. Os números também apontam o envelhecimento da torcida, com paralelos com as gerações de títulos.
Segundo a pesquisa, o Fluminense, que alcança 1,1% das menções gerais, sobe para 1,4% no conjunto de entrevistados que declaram renda familiar mensal de dois a cinco salários mínimos. Com percentual similar, de 1,5%, a torcida tricolor atinge seu melhor desempenho no Sudeste no recorte geográfico da pesquisa.
Na região, fazendo uma estimativa com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) do IBGE, a faixa de renda com maior presença tricolor cobre justamente uma parcela intermediária da população: inicia-se logo depois dos 40% mais pobres, que vivem com até R$ 798 mensais, e encontra seu teto antes dos 20% mais ricos, que ultrapassam os R$ 2 mil de renda domiciliar per capita.