A Fifa idealiza um novo Mundial de Clubes. Em reunião durante o mês passado em Bogotá, foi apresentado ao conselho da entidade um documento de 22 páginas com o formato da nova competição. Uma decisão sobre o assunto será tomada em junho, em Moscou, com o próximo encontro da cúpula.
Se vingar, a nova competição passará a ser disputada a partir de 2021 e substituirá dois torneios que são fracasso de público e crítica: o atual Mundial de Clubes e a Copa das Confederações, cuja última edição foi organizada pela Rússia em 2017.
Confira abaixo como é o formato proposto:
Estreia em 2021 e a partir de então com edições a cada quatro anos
24 clubes
Oito grupos com três times cada
O campeão de cada grupo avança ao mata-mata
A partir daí, quartas de final, semifinal e final
18 dias
Seis estádios
Critérios para classificação ao Mundial:
12 clubes da Uefa – Os campeões e vices da últimas quatro edições da Liga dos Campeões e mais os quatro últimos campeões da Liga Europa.
4,5 clubes da Conmebol – Os últimos quatro campeões da Libertadores; os últimos quatro campeões da Copa Sul-Americana fazem um play-off para decidir quem disputa a repescagem contra o representante da Oceania.
2 clubes da África
2 clubes da Ásia
2 clubes da Concacaf
Nessas três últimas confederações, haverá play-offs entre os campeões dos torneios continentais de clubes. Se um clube ganhar dois títulos no período, se classifica automaticamente.
0,5 da Oceania
Um playoff definirá qual dos campeões continentais dos últimos quatro anos vai se classificar para disputar a repescagem contra o quinto representante da Conmebol.
1 do país-sede
A proposta da Fifa prevê até os critérios para formar os grupos que vão disputar o novo Mundial de Clubes. Todos os grupos teriam pelo menos um clube europeu.
Pote 1: os oito cabeças de chave serão da Uefa
Pote 2: os outros quatro da Uefa e os quatro da Conmebol
Pote 3: o classificado pela repescagem, o país-sede os seis das demais confederações
A ideia é, a partir de 2021, realizar a competição de quatro em quatro anos. A sede será escolhida levando em considerações critérios como interesse por futebol, infraestrutura necessária e propensão a pagar uma taxa para receber o torneio. Condições climáticas e distância a ser percorrida pelos clubes participantes também pesarão.
Pela proposta, a estimativa da Fifa é faturar entre US$ 650 milhões e US$ 1 bilhão por edição do novo torneio. Tal dinheiro seria dividido em 75% para os clubes participantes, 5% para ligas e clubes não-participantes e 20% para programas de desenvolvimento ao redor do mundo.