Fernando Veiga foi exonerado do cargo de vice-presidente de futebol do Fluminense e o presidente, Pedro Abad, convidou Carlos Alberto Parreira para o lugar. Alegando compromissos pessoais, o ex-técnico disse não. Antigo ocupante da pasta, Veiga concorda com a postura tomada pelo treinador que levou o Tricolor ao título brasileiro em 1984.
– Na minha opinião, ele agiu certo. Está em outro patamar. Tem outra dimensão em relação á vida futebolística. Um cara vitorioso, já ganhou de tudo no futebol, não é nenhum garoto. Acho que está na fase de curtir a vida, sem se estressar muito e ter de aguentar várias situações bem complicadas que é exercer esse cargo de vice-presidente de futebol. Acho até que seria menos desgastante para ele ser gerente de futebol. Porque o gerente trata exclusivamente com o futebol, lida com o treinador, comissão técnica e fica dentro da praia dele. Vice-presidência de futebol é um cargo estatutário, político e que sofre interferência de vários setores do clube. É aquela história, todo mundo acha que entende de futebol e que pode dar pitaco sobre futebol. Então, um cara como o Parreira ter de se submeter a esse tipo de coisa na altura da vida que ele está, é melhor mesmo ficar tranquilo. Ele tem sua vida financeira estabilizada, não precisa disso e pode até ajudar o Fluminense de outra forma, não necessariamente ocupando cargos. Como está ajudando em Xerém, dando palestras interessantes para os meninos, para o pessoal da comissão técnica, faz um trabalho interessante com o pessoal da metodologia. Acho que fez a escolha correta. A interferência política é muito grande. Sempre tive o cuidado de não interferir nas outras vice-presidências – comentou.