O técnico Fernando Diniz completou 30 jogos à frente do Fluminense em sua segunda passagem na derrota para o Athletico-PR por 1 a 0, no último sábado, na Arena da Baixada. Com o resultado a equipe deixou o G-4 do Campeonato Brasileiro e chegou ao seu terceiro jogo seguido sem vitória. Apesar da queda de produção nos últimos jogos, o time é semifinalista da Copa do Brasil e briga na parte de cima da tabela do Brasileirão. Além disso, o treinador já conta com um aproveitamento superior ao de 2019.
Nos últimos seis jogos, a equipe venceu apenas uma partida, diante de uma equipe da zona de rebaixamento: o Flu goleou o Coritiba por 5 a 2, no último dia 20, no Maracanã. Apesar dos problemas nos últimos jogos, o saldo vem sendo positivo. A equipe está na semifinal da Copa do Brasil, quando a projeção do clube era chegar às quartas, e é a quinta colocada no Brasileirão, posição que está acima da previsão tricolor para a temporada (sexto lugar).
Além disso, o desempenho do treinador na passagem atual é melhor que o de seu primeiro trabalho no Fluminense: são 30 jogos, 17 vitórias, oito empates e cinco derrotas, com aproveitamento de 65,5%, 59 gols anotados e outros 32 sofridos. Em 2019, disputou 44 jogos, venceu 18, empatou 11 e perdeu 15. O Tricolor marcou 71 gols e sofreu 48, tendo 49,2% de aproveitamento.
Mudança de mentalidade
O torcedor passou a pensar em título brasileiro desde que o time começou a brigar na parte de cima, o que pode tornar a distância para o Palmeiras (nove pontos) um pouco frustrante. No entanto, esse pensamento vencedor só se tornou possível por conta do discurso do próprio Diniz, que contagiou também os jogadores.
Psicólogo por formação, Diniz tem a motivação como uma de suas especialidades. Desde seu primeiro contato com o grupo, ele já tratou de incentivar a todos falando de ambição por títulos. No dia a dia, o treinador é daqueles que gosta de conversar separadamente com os atletas e tem a preocupação de dar atenção também para os reservas. O treinador vem passando confiança e recuperando alguns atletas, enquanto outros que já estavam em boa fase conseguiram subir de produção. E há, claro, espaço para descontração no bate-papo.
Recuperação no Brasileirão
Por mais que a situação tenha se apresentado mais incômoda nas últimas partidas, é importante lembrar que Fernando Diniz assumiu o Fluminense na 14ª posição do Campeonato Brasileiro. Após a chegada do treinador, a equipe conseguiu não apenas se organizar melhor e apresentar um futebol mais bonito, mas também alcançou bons resultados. Foi com Diniz que o Flu engatou 13 jogos de invencibilidade, sequência que ajudou o time a subir na classificação e brigar na parte de cima da tabela.
Com a longa sequência do calendário, a intensidade, um dos pilares do trabalho do treinador, já não é a mesma de dois meses atrás. A ideia de poupar jogadores, para Diniz, é encarada como uma possibilidade, mas não uma receita. Agora, o técnico vai precisar lidar com a baixa de Nonato, jogador que encaixou bem no meio-campo do Fluminense e vinha como um dos titulares da equipe.
Além disso, Diniz também precisa lidar com um dos problemas que também apareceu em sua primeira passagem de Diniz: a defesa. Antes apontado como trunfo, o setor defensivo vem preocupando a torcida tricolor: foram 11 gols sofridos nas últimas seis partidas.
– Estamos atentos para fazermos mais do que estamos fazendo. Estamos quebrando a cabeça para arrumar os detalhes – disse o treinador.
Agora, o técnico Fernando Diniz terá mais uma semana para corrigir os erros do Fluminense, já que a equipe só volta a campo no sábado para encarar o Fortaleza, às 19h (horário de Brasília), no Maracanã. O time é o quinto colocado no Brasileirão, com 42 pontos.