Fernando Diniz concedeu entrevista para o “Jornal Expresso”, de Portugal, e falou sobre diversos temas de sua carreira como treinador e também sobre o trabalho desenvolvido no Fluminense em 2022. O treinador destacou em um ponto de sua entrevista que estilo de jogo e resultado são pontos que precisam caminhar de forma harmônica e destacou que o seu estilo de jogo é esse conhecido e que não existe um plano B.
– Ao mesmo tempo que é difícil, no sentido que as pessoas querem que se ganhe (aqui no Brasil é o imperativo, e em Portugal e na Europa também, sendo que no Brasil existe um imediatismo muito maior, vê-se pela inúmera troca de treinadores em relação a Portugal, Espanha ou Inglaterra), por outro lado é fácil porque só sei fazer deste jeito. Não há a segunda opção. Se eu tivesse uma outra opção, talvez fosse mais difícil, mas nesse sentido é ir melhorando aquilo que se faz. Mas nunca tive minimamente uma ideia de ter um plano B para isso, da concepção que tenho do futebol. É a mesma coisa que alguém pedir a você para se adaptar a um modo corrupto de viver. Para mim não há a chance de mudar as minhas concepções. Fazer as adaptações que são necessárias para ganhar os jogos é outro assunto, estamos sempre a adaptar-nos, todo o mundo quer vencer, mas vencer de uma maneira que não tem a ver comigo… não é o futebol que eu gosto – disse.
Ele ainda afirmou que não teria prazer em treinar uma equipe que jogasse de forma bruta e que o seu grande amor pelo futebol está pelos jogadores e pelo público que assiste aos jogos.
“O futebol tem um jeito e um gosto para mim, eu não teria prazer nenhum em treinar uma equipe de futebol simplesmente para vencer jogando de uma maneira embrutecida, sem valorizar o jogo, sem valorizar a bola e principalmente sem valorizar os jogadores e as pessoas que assistem. Aí é que está o meu grande amor e respeito pelo futebol, são os jogadores e o público que assiste”.