A Lagardère e a BWA podem assumir, em breve, a gestão do Maracanã numa devolução da concessão do estádio por parte da Odebrecht. Juntas, as empresas formam a LUArenas. E agora a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) aparece como aliada. A entidade carioca não seria sócia no controle do estádio, mas comandaria as operações dos jogos.

No plano da empresa francesa haverá de dez a 12 datas por ano, sem afetar no calendário do futebol, para a realização de empresas de entretenimento.

 
 
 

Se Fluminense e Flamengo pretendiam qualquer ação para assumir a gestão do estádio, a situação ficou ainda mais difícil. No rival, mesmo com a promessa de uma proposta “irrecusável”, a promessa é de uma forte oposição a tal modelo.

– Mais do que nunca – avisou um dirigente rubro-negro.

Ex-candidato à presidência do Fluminense, Julio Bueno, pai de Diogo, vice na chapa de Cacá Cardoso, foi o responsável por bater o martelo. Bueno foi secretário de Desenvolvimento do Rio de Janeiro e acabou substituído no cargo de secretário de Fazenda, mas segue como assessor especial do governador Pezão.

O Fluminense, por sua vez, defende a manutenção da atual concessão, com a qual tem contrato por mais 32 anos.

O governo poderia fazer uma nova licitação. Porém, a oferta dos franceses agradou e surgiu como saída mais fácil. Aceitar uma devolução sem ônus de rescisão por parte da Odebrecht causaria um dano aos cofres do estado em meio a uma já grave crise financeira.