O clima nos bastidores entre Ferj, Fluminense e Botafogo não é dos melhores. Após o fim da penúltima rodada da Taça Rio, a Federação carioca cobrou da dupla, que utilizou o Engenhão para mandar seus jogos, um valor 10 vezes maior em despesas operacionais nas partidas, se comparado com os de Flamengo e Vasco.
A Ferj, inclusive, puniu o alvinegro nesta quarta-feira com a perda de um mando de campo pelo não pagamento das despesas relacionadas à partida. De acordo com o portal Globoesporte, que levantou os valores de todos os jogos dos grandes na Taça Rio, os valores cobrados a Flu e Bota passaram a ser maiores do que os cobrados em jogos com público, antes da pandemia.
– Basta um exercício de simples comparação com outros jogos. Não assinamos o borderô. Não concordamos com ele. A FERJ enviou um batalhão de funcionários para trabalhar em um jogo sem público. O Estádio Nilton Santos já havia sido aprovado pela Vigilância Sanitária. As despesas saltaram sem explicação. Queremos justificativas das despesas operacionais que eles nos empurraram para pagar e, para isso, já acionei o Departamento Jurídico. Não nos surpreende em nada essa postura lamentável da FERJ. Como recebemos essa informação? Com serenidade. O Botafogo vai sempre trazer à baila assuntos que entende ser dos seus interesses, sem medo de represálias ou retaliações. O Clube não vai deixar de se posicionar para apoiar o melhor protocolo, que é aquele que preserva as vidas. Nessa pandemia, a FERJ deu aula de como desrespeitar filiados que pensam de forma diferente. Sabe por que não pagamos os “custos FERJ” na partida contra a Cabofriense? Porque o Botafogo discorda plenamente dos custos operacionais apresentados pela FERJ – disse Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo.