Veterano e rodado, Felipe Melo viveu no último domingo uma sensação nova. A de disputar o primeiro clássico com a camisa do Fluminense. E saiu vencedor diante do clube onde foi revelado, o Flamengo, por 1 a 0, pela quarta rodada do Cariocão Betfair 22. Aos 38 anos, o volante estava com saudade desse tipo de jogo.

Nas últimas temporadas, Felipe Melo esteve no Palmeiras, mas também disputou clássicos espalhados pelo mundo, como na Itália e Turquia, por exemplo.


 
 
 

– Para falar a verdade, joguei Galatasaray x Fenerbahce, Besiktas x Galatasaray, Fla-Flu da outra parte (no Flamengo), Palmeiras x Corinthians, Palmeiras x São Paulo… São clássicos que dificilmente a gente pode transformar em palavras o que a gente sente quando entra em campo para defender as cores, nesse caso do Fluminense. É isso que faz com que eu continue jogando futebol. Graças a Deus eu pude jogar isso em São Paulo. Então tinha saudade em jogar um Fla-Flu? Não, eu tinha saudade de jogar um clássico. E para mim é um orgulho enorme jogar um clássico com a camisa do Fluminense. Poder honrar a camisa e automaticamente dar orgulho aos meus pais tricolores – disse.

Seu pai, o tricolor fanático José Coelho, não conseguiu ir no Fla-Flu. Porém, outros membros de sua família estiveram presentes no estádio.

– Infelizmente ele não estava por um problema que tivemos, graças a Deus já solucionado. Mas estavam o meu filho, o meu tio, que praticamente foi criado comigo, é um tio-irmão; estava meu sobrinho, meus primos… Muita gente da família estava ali torcendo bastante. Descobri inclusive que torcem pelo Fluminense. Meu tio Beto, um abraço para você, para meu primo Matheusão… Família estava presente, já que por muito tempo eles estavam torcendo à distância. Agora estão tendo oportunidade de ir aos estádios torcer por mim. Isso é fantástico – relatou.

Já que não conseguir ir, o pai conversou com Felipe Melo após o duelo. O volante, inclusive, foi eleito pela transmissão da Rede Record como o melhor em campo e o assunto rendeu.

– Ele estava no carro com a minha mãe e a minha avó, supercontente. Eu cheguei em casa, fui passear com o cachorro, e meu filho falou: “Vou chamar meu avô no FaceTime”. Aí ele: “E aí, meu filho? Caramba, hein? Que coisa maravilhosa. Foi eleito o melhor em campo, você viu?” Falei: “Vi, né? Dei entrevista e tudo (risos)”. Ele ficou contente para caramba, muito orgulhoso, mas meu pai é um cara que me ajuda bastante também, assim como minha esposa e meus familiares. Ele falou assim: “Mas cara, entenda, é só um jogo. Grandes coisas estão por vir, vão acontecer, continua focado. Não deixa ninguém lá perder a linha porque foi só um jogo. No final de tudo, o que vale realmente é ser campeão” – recorda.