A CBF anunciou na sexta-feira o calendário para 2014, mas os jogadores não aceitaram bem as datas. A entidade tinha como ideia dar 15 dias de férias para os atletas no fim do ano e mais 15 na paralisação da Copa do Mundo. Porém, os profissionais da bola batem o pé e, apoiados pela Federação Nacional de Atletas Profissionais, recusam o pouco tempo para o descanso. O órgão ameaça até ir à Justiça do Trabalho para garantir o mês inteiro de recesso.
Vice-presidente da Federação Nacional de Atletas Profissionais e presidente do Sindicato dos Atletas do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio afirmou que a postura dos jogadores é firme e de união para garantirem suas férias.
– A CBF sabe há quantos anos que teremos Copa do Mundo em 2014? Somente na semana passada nos procurou, para apagar o incêndio. Mas os jogadores pela primeira vez agiram de forma rígida e disseram: “Não queremos e não vamos ter só 15 dias de férias no fim do ano”. É algo histórico – disse o treinador, que falou com todos os capitães da Série A do Brasileiro.
O problema se encontra porque o Brasileirão deste ano acaba no dia 8 de dezembro. Assim, os jogadores precisariam ter férias até o dia 7 de janeiro de 2014, mas os Estaduais têm início previsto para o dia 11 de janeiro.
– Na terça-feira passada oficializei a posição dos atletas para a CBF. Ela não pode infringir a Lei Pelé, que determina os 30 dias de férias. A CBF, então, transferiu para os clubes e federações o problema. A volta teria de ser dia 8 de janeiro, mas já teria jogo dia 11. Isso não é humanamente possível. Vou esperar o calendário das federações e, se isso ocorrer, tentar de alguma forma um mandado de segurança para que os atletas não joguem em quatro dias. Vamos ter de apelar ao Ministério do Trabalho – explicou Alfredo.