Titular do Fluminense na arrancada que evitou o rebaixamento no Brasileirão de 2009 e na campanha de finalista da Copa Sul-Americana do mesmo ano, o goleiro Rafael concedeu entrevista exclusiva ao NETFLU e relembrou com carinho da passagem pelas Laranjeiras. Além disso, o arqueiro apontou semelhanças entre o elenco atual e o de sua época, e deu dicas de como o Flu deve se comportar diante do Atlético-PR, quarta-feira, na Arena da Baixada.
Confira a entrevista na íntegra:
Relação com o Fluminense desde a sua saída
– Minha relação é tranquila. Saí do Fluminense sem briga, não foi pelas portas dos fundos. Eu queria jogar, infelizmente estava no banco, tive propostas e acabei rescindindo com o clube. Tenho grandes amigos lá ainda e a relação é muito boa.
Você era titular do Fluminense naquele polêmico jogo contra o Cerro Porteno, na semifinal da Sul-Americana 2009, que terminou em pancadaria. O que lembra daquela partida?
– Foi um jogo emocionante. A gente estava perdendo por 1 a 0 e aos 45, se não me engano, o Gum foi lá e fez o gol do empate, que garantia a gente na final. E, logo depois, o Alan escapou no meio de campo, conseguiu fazer o segundo e os paraguaios não aguentaram. Acho que teve muita provocação, eles partiram para a agressão e ficou muito feio, o Brasil inteiro viu. Foi marcante aquele episódio.
Vê muitas diferenças entre o Flu atuou e o Flu de 2009?
– Não vejo muita diferença, apesar de serem atletas diferentes. O Fluminense hoje tem muitos jogadores jovens, mas está bem preparado para buscar mais uma final da Sul-Americana e, desta vez, conquistar o título que passou perto naquele ano.
O ano de 2009 ficou marcado, dentre outras coisas, pela arrancada do Flu contra o rebaixamento. Em paralelo a isto, a equipe chegou à final da Sul-Americana. Como foi conseguir administrar duas coisas tão antagônicas?
– Foi trabalho. O grupo todo sabia da dificuldade que estava passando. Mas com o Cuca, técnico e a diretoria, além dos torcedores, nos abraçaram. Tivemos um trabalho magnífico, focado. E a arrancada foi fundamental para a minha carreira. Aquilo lá vale mais do que um título. Só tenho que agradecer mesmo.
Você foi contratado como reforço de peso na época, depois de se destacar pelo Vasco. Em sua opinião, por qual motivo não conseguiu repetir o sucesso pelo Fluminense?
– Em 2011 eu joguei o segundo turno do Brasileiro todo. Em 2010, atuei o Carioca todo e metade do Brasileiro. Isso é fase. Eu era muito jovem, queria curtir o Rio de Janeiro. Não me refiro a noitadas, mas em não estar focado no trabalho. Hoje eu já sou outro Rafael, cabeça totalmente mudada. A vida ensina a gente viver. Hoje estou bem mudado, mais concentrado naquilo que tenho que fazer.
Como você acha que o Fluminense deve entrar em campo contra o Atlético-PR?
– Tem que entrar no espírito do Time de Guerreiros, como a torcida sempre gritou. E tenho certeza que esse time tem totais condições de bater o Furacão e chegar na final da competição.