O presidente do Fluminense, Pedro Abad, quando assumiu o clube disse ter se surpreendido com a situação financeira caótica. Mesmo tendo feito parte da gestão Peter Siemsen, como mandatário do conselho fiscal, garantiu não ter conhecimento das enormes dívidas. Para o técnico Abel Braga, faltou ao dirigente esclarecer melhor a situação aos torcedores.
– Esse ano é um troço diferente. Primeiro, a minha relação com o torcedor. Se fosse colocado o que foi a mim no começo do ano, não seria qualquer um que pegaria. Eu já falei ao presidente que ele deveria ter exposto mais a real situação do clube. A maneira que ele pegou o clube foi muito complicada. Eu me juntei a eles. Me juntei à direção. A maneira de você ter uma resposta legal neste ano é ter todo mundo junto. Eu entendo perfeitamente o torcedor. Eu sei o que ele quer. Eu já fui de arquibancada. Ele não pode estar satisfeito. Ao mesmo tempo, em alguns jogos, o torcedor tem satisfação. Pois o time sempre vai ao limite. Jogando bem ou mal. Isso é o que cobro. Não quero ver o Fluminense como o ano passado, aceitando tudo. Por ter aceito essa situação do clube e me colocado junto, isso é obra. Isso é complicado. Eu estou junto, não quero ver o meu clube em uma situação pior. A gente trabalha muito, a gente pede alma, alguma coisa a mais de cada jogador. Ainda se tem tempo razoável para melhorar isso. É o que vamos tentar fazer. Se sinto bem. Até hoje não entendi a saída de 2013. Tinha o grupo na mão, tinha jogadores fortes. Por causa daquelas mudanças, talvez o Fluminense tenha chegada àquela situação. Eu saí, veio o Luxemburgo e Dorival depois. Três meses cada um, é chato para o jogador. Tudo muda, até o aquecimento. Estou fechado com a direção. A minha primeira reunião foi com Pedro Antonio, Pedro Abad e Marcelo Teixeira. Me sinto seguro pois desde o começo foi muito claro.