Auxiliar-técnico do Fluminense na conquista do tetracampeonato brasileiro em 2012, com Abel Braga no comando, Leomir concedeu uma entrevista exclusiva ao NETFLU. Experiente, o ex-atleta falou um pouco sobre qual a melhor forma de trabalhar com atletas jovens, que sobem da base e ingressam nos profissionais.
– O Fluminense revela muito bem os jogadores. O pessoal de Xerém tem um grande mérito. Na nossa época, a gente sempre estava chamando o juvenil e os juniores para treinarem ou acompanharem atividades dos profissionais, conhecer os jogadores. Pelas dificuldades financeiras, o Fluminense tem que vender jogador antes mesmo dele estar tão bem preparado. Mas a gente espera que o clube consiga, algum dia, se recuperar financeiramente e vender esses jogadores melhor. E que os atletas estejam numa condição técnica ainda melhor quando forem para os clubes de fora – disse.
Ao ser perguntado sobre uma possível comparação entre o time do Fluminense atual com o de 2012, Leomir admitiu que relacionar duas equipes com propostas diferentes e também de épocas diferentes é uma tarefa complicada.
– A comparação assim é muito difícil. Em 2012, a gente tinha um time muito forte do meio pra frente, não desmerecendo o pessoal da defesa. Era muita qualidade que se resolvia jogo: Fred numa fase maravilhosa, Rafael Sobis, Deco, Thiago Neves, Wellington Nem numa fase muito boa, além do Cavalieri pegando tudo lá atrás. Para se comparar agora é complicado. A estratégia de jogo mudou bastante, a disposição do time também. Os goleiros, por exemplo, têm se arriscado demais, jogando com os pés. Tem muito clube que prefere um goleiro que saiba mais jogar com os pés do que com as mãos (risos). É meio engraçado isso. O esquema tático do Flu de Odair tem feito a diferença – disse.