A última quinta-feira foi de muitas informações de bastidores e pouco de futebol, uma vez que o Fluminense fechou o treino e, também, impediu os atletas de darem entrevistas. Com isso, a principal notícia do dia acabou sendo a declaração do presidente da Viton 44, Neville Proa. Ele informou que, provavelmente, retiraria o patrocínio dos clubes de futebol na próxima temporada.
A partir das palavras do presidente da patrocinadora, o NETFLU entrou em contato com o vice-presidente de projetos especiais, Pedro Antônio, questionando sobre o contrato que teria sido estendido, meses atrás, até 2016, em troca dos espaços das mangas. Responsável direto pela negociação com o patrocinador, o dirigente garantiu que a Viton 44 continua no Tricolor ano que vem. Além disso, ainda se colocou à disposição do dono da empresa para trabalhar para ele, caso seja necessário.
– Garanto a você ( Paulo Brito, jornalista do NETFLU) que na última semana de janeiro de 2016, vamos tomar um Mate Vitton, lá na Vitton, na Gardênia azul, juntos. E o dia que ele (Neville Proa, mandatário da patrocinadora) precisar de um cara pra ajudar a vender um produto dele, estarei junto! Mesmo que seja só para comandar a empilhadeira. Ele tem sensibilidade e entende futebol. Ele não faz propaganda – disse, com exclusividade.
Desconfiado com o mercado como todo brasileiro no momento atual, Pedro Antônio explicou os dramas que têm feito parte da cabeça do presidente da patrocinadora. Segundo o dirigente, o panorama econômico do país motivou o desabafo de Neville sobre a possibilidade de não continuar no futebol.
– Existe um contrato do Fluminense com a Viton até dezembro de 2016. Foi estendido. Tinha uma cláusula de saída, mas ela foi retirada. Na minha vida empresarial, o que eu mais aprendi e parte do meu sucesso foi o caráter das pessoas, a palavra das pessoas. O seu Neville é uma pessoa que eu acredito integralmente na palavra dele. Mesmo se não houvesse o contrato, eu acreditaria na palavra dele. A segunda coisa importante analisar é que as empresas estão sofrendo tremendamente com esse cenário econômico conturbado, inflacionário, que afeta toda a economia. Toda vez que eu me encontro com ele, a gente conversa sobre isso. Assim como eu, ele é idoso e já pode parar até na vaga do idoso, só que temos uma disposição acima disto. Por isso, não acredito que a Viton sairá do Fluminense – finalizou.