Se antes os torcedores do Fluminense estavam acostumados nos últimos anos a contratações de impacto por conta do poderio financeiro da antiga patrocinadora Unimed, hoje a realidade não é essa. Com um orçamento mais modesto, nomes menos conhecidos vêm sendo as apostas nas Laranjeiras. E Edson, um deles, até entende o lado dos tricolores que possam ficar desconfiados. Mas, por outro lado, defende a política do clube e se cita como um exemplo dos que chegaram sem grande alarde e deram conta do recado.
– Eu entendo o lado do torcedor, se não tiver paciência. O clube tinha a Unimed como o maior patrocinador, então tinha muitos jogadores de nome. Para você que está acostumado com atletas de nome e ter um orçamento, hoje, mais baixo do que era, é lógico que pinta uma desconfiança do torcedor. Normal, porque é o futebol. Eles querem nomes mundialmente conhecidos. A torcida também tem de entender o lado do clube, porque não se pode fazer loucuras sem ter como arcar com as dívidas. Então, o clube procurou outros meios, em contratar jogadores não muito conhecidos e que possam dar uma reposta positiva. E eu acho que o maior exemplo disso foi comigo. Então, o torcedor fica chateado, mas tem de entender o outro lado também, porque, de repente, esses jogadores desconhecidos podem se tornar conhecidos para eles e eles podem gostar muito. Todos os jogadores que, teoricamente, são estrelas, tiveram um momento de dificuldade no início, quando não eram conhecidos. Todo ser humano passa por esse processo. O clube se restruturou, teve uma reformulação muito grande e agora está se encaixando melhor. O início não foi tão bom. A gente sabe que ainda tem que melhorar muito, para dar uma resposta para o torcedor – disse ao NETFLU.