Fluminense
Henrique (ao centro da imagem) foi campeão da Primeira Liga em 2016 (Foto: Nelson Perez - FFC)

Ex-jogador com passagem pelo Fluminense e hoje dirigente (é o presidente do Nacional-PR), Henrique admite que tem um trauma na carreira. Foi a Copa de 2014, disputada no Brasil. O zagueiro estava na reserva quando a seleção foi derrotada por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal, no Mineirão. Até hoje confessa que não teve nem sequer coragem de assistir na televisão.

Henrique, ex-zagueiro do Fluminense fala sobre trauma

– A gente estava no banco, conversando. Quando saiu o gol… calma, começa a olhar pro pessoal, tudo beleza. Vem o 2 a 0, olhando para o lado. A hora que deu 3 a 0… não é possível. O pessoal não tinha nem reação, nem tempo para reagir. Na hora que você fala que não é possível, 4 a 0. Vamos nos reorganizar, não tomar mais para resolver no vestiário. Foi uma sensação, não só na hora do jogo, mas parecia um pesadelo, você só quer acordar – relembrou o zagueiro, em entrevista ao Globo Esporte Paraná, antes de complementar:

 
 
 

– Ninguém acreditava, nem a Alemanha acreditava no que está acontecendo. E até mesmo acho que tirou um pouco o pé. Foi a pior (lembrança na seleção), não só para mim que estava ali, mas para todo brasileiro, uma semifinal de Copa do Mundo, em casa. É muito pesado. É difícil, fica marcado, fica manchado, daqui 20 ou 30 anos vai ser lembrado isso. Um jogo em casa. Eu na verdade não vi o jogo ainda. Nunca vi o jogo. Nada. Não vi o jogo de novo. Eu não consigo. Às vezes passa uns lances, eu já mudo de canal. Ficou marcado aquilo. Ficou uma cicatriz muito grande dentro da gente. Uma lembrança muito difícil.

Henrique fez 119 jogos e quatro gols pelo Fluminense entre 2016 e 2017. Foi campeão da extinta Primeira Liga em 2016. Saiu do clube no polêmico episódio da lista de dispensas pelo WhatsApp na gestão do ex-presidente Pedro Abad. Além dele, nomes de peso como o goleiro Diego Cavalieri, com passagem vitoriosa passagem pelo Tricolor, estavam naquela lista.