Sandro Lima, ex-vice-presidente de futebol do Fluminense, fez uma postagem em seu perfil no Facebook na qual desmentiu declarações de Peter Siemsen dadas em entrevista ao site Uol. Na publicação, Sandrão ainda fez críticas ao mandatário, lembrando que a pressão feita sobre ele para a demissão de Abel Braga em 2013 foi feita pela Flusócio, e não por Celso Barros, à época presidente da patrocinadora Unimed.
Veja o que escreveu Sandro Lima na rede social:
“Está na hora de colocar verdade na entrevista do Presidente Peter ao Uol. Comecemos pela história dele ter poucas vezes interferido no futebol, que esteve entregue ao Dr. Celso e depois ao Mário Bittencourt, segundo ele. Do tempo do Mário nada posso dizer, apesar de soar estranho a história do Presidente não agir no futebol, porque ele e o Mário sempre foram ligadíssimos e sem dúvida, ele escolheu o Mário. O Presidente Peter sempre quis o Mário no futebol. Num determinado momento, ele chegou a colocar o Mário no futebol como assessor especial dele. Antes da minha chegada.
Mas, vamos ao meu período. Fui Vice-Presidente de Futebol do Fluminense no período de maio de 2011 a 04.09.2013. Cheguei lá convidado diretamente pelo Presidente Peter. Ele fez o convite sem interferência alguma do Dr. Celso que, ao saber da notícia, estranhou o convite no primeiro momento, porque eu estava como VP de Esportes Olímpicos. Assumi depois de ouvir o VP Geral, meu amigo Ricardo Martins. Não houve nenhuma interferência do Dr. Celso.
Durante todo o tempo em que estive na VP, todas as decisões no futebol foram do Presidente, muitas com reuniões que se prolongavam horas com a presença do Dr. Celso. Sempre terminaram com decisão consenso. Mas, o Presidente Peter muitas vezes tomou decisões isoladas, como foi o caso da contratação infeliz do Martinnuccio. Decisão isolada do Presidente Peter, aconselhado pelo Gerente Marcelo Teixeira. Eu mesmo, Vice-Presidente de Futebol, só tomei conhecimento depois de acontecido o fato.
Uma decisão feliz na época, também do presidente Peter foi a contratação do Rodrigo Caetano. O presidente Peter consultou o Dr. Celso para que a patrocinadora participasse dos custos. O Presidente Peter insistiu muito para ter o Rodrigo Caetano.
Por fim, a saída do Abel. Eu estava em Porto Alegre, para jogo Fluminense e Grêmio. O Fluminense sofreu a quinta derrota consecutiva. Recebi uma ligação do Dr. Celso, que estava em companhia do Presidente Peter, para minha surpresa, uma situação que nunca aconteceu – o Presidente Peter assistir jogos na casa do Dr. Celso.
Eu estava com a comissão técnica, Abel inclusive. Rodrigo Caetano tinha ido para a casa da família dele em Porto Alegre. Dr. Celso quis saber como estava o clima depois da derrota. Respondi: “Péssimo, doutor”. Então, Dr. Celso passou o telefone para o Presidente Peter, que me disse que estava sofrendo muita pressão, principalmente, da FluSócio. Disse que a situação estava insustentável. Depois disso, perdemos o Abel, com a concordância do Presidente Peter.
Esclarecido está o episódio do Abel e a história de que o presidente Peter nunca administrou o futebol.”