Em 1999, Paulo Cesar era o titular da lateral direita do Fluminense. Ele havia voltado de empréstimo do Vitória e nunca agradara o torcedor tricolor, que pegava no pé, como é hoje com Bruno. O ex-jogador conta que em determinados momentos chegou a pedir para não entrar em campo, tamanha perseguição.
– Eles começaram a pegar no meu pé em 1999. Em certos momentos foram justos, em outros não. A vaia machuca. Tinha jogo que eu não conseguia dar um passe de dois metros. Teve uma vez que pedi para o Oswaldo me tirar do jogo. Ele disse que não ia fazer isso. Falou: “confio em você”. Eu acabei jogando por ele e até melhorei na partida. O treinador tem um papel importante nesse sentido. Várias vezes eu chorava. Sempre em casa, nunca no vestiário. Era mais pelo fato de eu não ter rendido o que eu esperava. Eu me decepcionava comigo mesmo – contou Paulo César.
O jogo virou nos anos seguintes. Improvisado na lateral esquerdo, PC viveu seus melhores momentos na carreira. Assistências e golaços faziam parte do repertório e, assim, a torcida passou a valorizá-lo, especialmente após um golaço contra o rival Flamengo.
– Aquele foi o gol mais bonito da minha carreira. Foi o último jogo que eu fiz com a camisa do Fluminense no Maracanã, em 2002. Quando as coisas passam, nós lembramos mais das coisas boas do que das coisas ruins – relembrou Paulo Cesar, que voltou ao Fluminense em 2009.