Júlio César fez o primeiro gol do Fluminense na última partida contra o Argentinos Juniors (Foto: Rafael Moraes - Agência Photocamera)

O Fluminense terá pela frente nas oitavas de final da Libertadores deste ano o Argentinos Juniors. Em 2011, o adversário esteve no grupo tricolor na competição e a última partida entre as equipes terminou com vitória épica do Flu por 4 a 2 e pancadaria geral. Presente naquele confronto, o ex-lateral-esquerdo Júlio César recordou em entrevista ao ge os bastidores.

Com a vitória de 4 a 2, o Fluminense arrancou a classificação na garra, pois chegou à última rodada não só precisando vencer, mas também fazer saldo.

 
 
 

Júlio César foi o autor do primeiro gol tricolor na partida. Os outros foram de Fred (fez o segundo em cobrança de falta e o quarto batendo pênalti) e Rafael Moura.

— Sabíamos que era muito difícil, precisávamos do outro resultado também para classificarmos. Mas estávamos acreditando, até pela capacidade que tinha o nosso elenco. O Enderson Moreira estava começando a carreira como treinador e passou total confiança para nós antes do jogo. E deu tudo certo na hora do jogo, abrimos o placar no começo, e acabou facilitando um pouco – recorda o ex-lateral, antes de complementar:

— Foi um gol importante para mim. Acabou gerando uma classificação, contra um adversário difícil. E a jogada foi do Marquinho, né? A lateral estava toda aberta. Eu arranquei, passei pedindo a bola. E acabei sendo feliz, recebendo um passe no “ponto futuro”, como chamamos. E eu acabei finalizando cruzado como manda o A, B, C do futebol. Quando chuta cruzado é muito difícil para o goleiro, e eu fui feliz.

No apito final, uma enorme pancadaria ocorreu. Os jogadores argentinos partiram para cima iniciando uma verdadeira batalha campal.

— A confusão acabou sendo marcante naquele jogo. Quando chegamos no vestiário, o telefone não parava. Todo mundo preocupado. Era um jogo ao vivo na Globo. E o pessoal do Argentinos Jrs foi muito infeliz. Pessoal deles fechando o portão, não deixando ninguém entrar. Foi bem complicado. Acabou o Gum derrubando o Escudeiro (risos). Virou música depois, inclusive. Mas fora a brincadeira, foi um episódio triste. Nunca tinha vivenciado aquilo. Graças a Deus não aconteceu nada grave – falou.

O Fluminense ainda tinha mais um problema para aquela partida. Vivia momento conturbadíssimo com a dispensa de Emerson Sheik, autor do gol do título brasileiro no ano passado por ter cantado uma música relacionada ao Flamengo, fato que irritou o presidente tricolor na época, Peter Siemsen.

— Foi um baque para todo mundo. Fomos pegos de surpresa horas antes da partida, ninguém sabia. Ficamos sabendo antes da janta se eu não me engano, perto do jogo. Acredito que acabou sendo até difícil, tirando a concentração. Era um cara querido por todos. E ser mandado embora em véspera de jogo pega todo mundo de surpresa. Mas, graças a Deus, acabou dando certo e classificamos – lembrou.