Há 14 anos, a Ponte Preta, adversária do Fluminense nesta quarta-feira, vivia uma grave crise financeira. Jogadores ficaram oito meses sem salário e Abel Braga acabou virando uma espécie de bombeiro do time. Piá, camisa 10 daquele time. relembrou dos momentos:
– Tem uma história muito legal. Na época os caras falavam na televisão que tinha o Big Brother da Ponte Preta, porque cada dia ia um ou dois embora. Como eu era dos mais velhos, o Abel conversava comigo e falava para mim: “Pô, Piá, está indo todo mundo embora. Só vamos ficar os dois”. Aí o Abel se reuniu com a gente e falou para todo mundo: “Olha, gente, não tem como eu segurar, quem quiser ir embora, pode ir, só que eu estou assumindo a responsabilidade de que eu vou até o final. Independentemente de pagarem ou não, eu não vou sair. Então, quem quiser ir, pode ir”, relembrou Piá.
O goleiro Lauro, outro integrante do elenco, recordou uma passagem com Abelão:
– Assim que ele chegou ao clube, disse que a disputa para o gol estava entre o Hiran e o Alexandre, e que a questão seria resolvida pelo preparador de goleiros. O Alexandre foi uma época para a seleção olímpica, tive uma sequência de nove jogos e fui bem. Veio aquele jogo contra o Flamengo e fiz o gol de empate (de cabeça) nos acréscimos. Depois daquele lance ele veio correndo, me abraçou e falou: “Isso é um sinal divino, você não sai do mais do time – recordou