Rodolfo foi flagrado por uso de cocaína quando ainda defendia o Fluminense e era reincidente (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Jogador com passagem pelo Fluminense, Rodolfo defende atualmente o Oeste-SP. Aos 30 anos, o goleiro vive um recomeço no futebol após ter uma segunda suspensão por testar positivo em exame antidoping por uso de cocaína. O ex-tricolor frequenta sessões de terapia e reuniões do Alcoólicos Anônimos duas vezes por semana e tem no futebol o terceiro remédio na luta contra o vício. A rotina de treinos, jogos e concentrações ajuda a manter o foco e a sobriedade.

Esportivamente, o retorno não foi dos melhores. Depois de 20 meses parado, não conseguiu o acesso à Primeira Divisão do Paulista com o Oeste e nem ir longe na Série C do Brasileirão. Rodolfo ficou proibido de jogar ao ser flagrado no dia 23 de maio de 2019 em uma partida do Fluminense na Sul-Americana (vitória de 4 a 1 no Maracanã sobre o Atlético Nacional (COL)), quando estava então na reserva de Agenor.

 
 
 

— Jogar futebol favorece bastante a minha luta. Ter a disciplina novamente, viver sob as regras dos clubes, da alimentação, do descanso. Futebol é o que eu amo fazer. Estando longe da profissão, a pessoa, o ser humano, sofre. O futebol é uma das razões para não eu recair – relatou ao jornal O Globo.

Em 2021, o Código Mundial Antidopagem foi alterado e em 2021 passou a punir com penas mais brandas atletas que testam positivo para “substâncias de abuso”, o que inclui a cocaína. Durante o período parado, contou com o apoio da família e teve nos clubes em que foi flagrado pelo uso de drogas enorme ajuda.

Reincidente, o goleiro testou positivo pela primeira vem em 2014, quando atuava pelo Athletico. O clube paranaense bancou dois meses de tratamento numa clínica. Cumpriu um ano de suspensão e voltou a jogar. Agora, foi a vez do Fluminense ajudar. Por um tempo, o preparador de goleiros André Carvalho o passava exercícios para não ficar parado. O contrato encerrou em 2021 e não foi renovado.

Na luta para se manter longe das drogas, Rodolfo admite que casos como a morte de Maradona servem como um importante alerta.

— Quando um dependente que foi uma estrela mundialmente conhecida, um cara extraordinário no que fazia, morre cedo, isso assusta. Liga a chave de alerta, para eu redobrar a atenção em mim mesmo – falou.

Rodolfo disputou 34 partidas pelo Fluminense entre 2018 e 2019.