Aposentado dos gramados, Preto Casagrande teve uma passagem importante pelo Fluminense em 2005, quando foi campeão carioca. Hoje, acompanha de perto o Tricolor, até porque seu filho virou um torcedor fanático. O ex-volante comentou o momento atual da equipe.
— Hoje o time que eu mais acompanho no Brasil é o Fluminense, por causa da paixão que o meu filho de 19 anos adquiriu aos longo do tempo. Sempre assistimos os jogos do Fluminense. Diariamente discutimos sobre o time, o clube. Então, o clube que eu estou por dentro hoje é o Fluminense. Tem surpreendido acho que de maneira satisfatória pelo fato de não ter a mesma condição financeira de outros clubes, vem fazendo belas campanhas, dando oportunidades aos jovens de Xerém. Acho que essa é a saída para o clube – disse em entrevista ao canal do YouTube Resenha de Primeira.
Se a temporada de 2005 começou bem, ela terminou mal. O Fluminense tinha um time forte, montado com o aporte da patrocinadora Unimed. Venceu o Estadual, mas foi vice-campeão da Copa do Brasil e terminou o Brasileiro em quinto, perdendo, à época, uma classificação que parecia garantida para a Libertadores de 2006. O ex-volante analisa o que deu errado.
— A final da Copa do Brasil, a maioria dos jogadores mais experientes, estava num processo de vários jogos seguidos. O Abel optou por no primeiro jogo, em Jundiaí, botar uma galera mais jovem. Surpreendentemente, o Paulista foi muito superior, ganhou a primeira por 2 a 0 e veio para São Januário, já que o Maracanã tava em reforma, não era o ambiente que estávamos acostumados. Isso também influenciou. Eles se fecharam, atacamos pra caramba, tivemos inúmeras chances de gol e infelizmente não conquistamos o título. No Brasileiro, acho que foi um erro de estratégia da própria Unimed, a maioria dos jogadores que vieram tinham contrato até dezembro. Então, naquele finalzinho, a galera já começou a pensar no que aconteceria no ano seguinte. Talvez tenha faltado um pouquinho de foco. Em quatro jogos, precisávamos de um ponto (para garantir a vaga na Libertadores). Acabamos não pontuando – contou.
Preto fez 39 jogos e quatro gols pelo Fluminense.