(Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

Ex-coordenador médico do Fluminense, o doutor Michael Simoni concedeu uma entrevista exclusiva ao NETFLUAlém de elogiar a estrutura atual do Departamento Médico do clube verde, branco e grená, o profissional ainda fez elogios rasgados ao fisioterapeuta Filé, um referência no futebol brasileiro, e aos profissionais que compõe hoje o DM tricolor.

– O Fluminense hoje tem um departamento de futebol muito competente. Então, o tipo de jogo que o Fernando Diniz faz realmente minimiza as lesões, os jogadores não correm a toa, correm de forma certa, em partes do campo pré-delineadas. Você tem um rendimento maior pela forma como o Fernando Diniz arma o time. Você tem um departamento de fisiologia hoje muito mais bem equipado com termologia, exames, que permite você monitorar o momento muscular de cada atleta. Quando você vê que o Fernando tira um atleta, isso vem por orientação do departamento de fisiologia, como naquela semana em que jogou com o Paysandu num dia e depois com o Fortaleza. As pessoas não sabem muito bem, achando que poupa da cabeça do treinador. Isso tudo é um trabalho de equipe muito competente. O departamento médico do Fluminense é muito competente, trabalha coeso, que é uma das coisas que eu vejo como mais importante. O futebol entendeu que precisa de uma equipe trabalhando, eu briguei por isso muito tempo quando eu estava no departamento médico – disse ele, acrescentando:

 
 
 

– O Filé repete pra mim que essa relação construtiva entre departamento médico, fisioterapia e fisiologia foi muito uma briga que eu tive lá atrás, iniciada na época em que eu percebia que o futebol era feito meio que como uma colcha de retalhos. Você tinha o departamento médico e sequer podia escolher a sua equipe, porque vinha gente falar que um tinha que tá, que outro precisava entrar porque era apadrinhado pelo dirigente tal e, dessa forma, não se montava uma equipe coesa. Hoje, o DM do Flu, chefiado pelo Douglas (Santos, médico do Fluminense), é coeso. Existe uma relação muito saudável entre o Douglas e o Filé. E isso é muito favorável e o resultado a gente vê. O Filé, a gente sabe que é um super craque da fisioterapia, os resultados estão aí. Agora, não quer dizer que por não ter ocorrido muitas lesões no ano passado, não significa que vá se repetir esse ano, porque são várias competições, existem fatalidades também. Mas o momento é fruto de um trabalho da forma como o Fernando faz o time jogar, além dos departamentos médicos trabalhando em conjunto, sendo competentes – encerrou.