Jogador com passagem apagada pelo Fluminense em 2013, Rhayner confessa que já usou e até traficou drogas. O atacante, hoje no Vitória, vendia as substâncias ilegais antes da carreira como jogador, mas o consumo seguiu enquanto profissional.
– Eu vendia também, além de usar. Eu vendia pra manter meu vício, vendia mais cocaína. Isso foi antes de eu iniciar minha carreira, eu tinha 16 ou 17 anos. No meu bairro, tinha muito tráfico. Quando eu comecei a jogar, eu larguei essa parte de traficar. Fui viciado em maconha. Cheguei a usar cocaína também, entre outras drogas, como lança-perfume e outros tipos que são burladas pra não cair no exame antidoping – admite.
Rhayner vai além e revela também já ter ido treinar sob efeito de entorpecentes.
– Já, já fui treinar. Com maconha, só. Em períodos em que eu não era relacionado, em que estava afastado, muitas vezes eu ia treinar desse jeito. Quando não tinha possibilidade de jogar, já aconteceu. Eu não tinha muita noção do que era certo e errado. Pra mim, enquanto eu estivesse desempenhando bem o futebol dentro de campo, eu podia fazer tudo extracampo. Isso não é verdade, porque qualquer atleta depende do próprio corpo, de performance, e uma hora ou outra o acúmulo de noites sem dormir, de álcool, iria afetar o meu rendimento. Quanto afetou, desencadeou um monte de coisas que já vinham acontecendo. Foi um acúmulo de coisas e, quando estourou, estourou tudo de uma vez – contou.
Agora, como forma de vencer o problema, Rhayner aponta a religião. O atacante largou as substâncias ilícitas faz pouco tempo.
– Pra te dizer a verdade, este ano está sendo o diferencial na minha vida, porque é o ano que eu me apeguei, que eu me converti (para a religião evangélica). Até o ano passado, eu ainda tinha envolvimento com droga e isso foi muito complicado. Este ano, no Vitória, eu digo que Salvador realmente me salvou. O nome da cidade diz tudo, porque aqui eu me converti, mudei minhas atitudes, meus pensamentos e, graças a Deus, hoje eu me sinto maduro o suficiente pra discernir bem as coisas e saber o certo e o errado, saber o que eu preciso pra dar continuidade à minha carreira – encerrou.