A cada ano a história se repete, com críticas às decisões da arbitragem rodada após rodada no Brasileiro e na Copa do Brasil. Desta vez, após a eliminação de seus clubes na Copa do Brasil, os presidentes de Vasco e Fluminense vieram a público reclamar pontualmente da arbitragem. Nas críticas, cobraram mudanças e punições.
Reconhecido como um dos melhores da história, o ex-árbitro José Roberto Wright diz que o grande problema da arbitragem é a falta de renovação, citando que se nos anos 80 Rio de janeiro e São Paulo tinham pelo menos 25 árbitros de qualidade, hoje têm dois ou três.
– O pior é que não se faz a renovação e o aprendizado está cada vez piuor – diz o ex-árbitro, que também é membro do Comitê Independente de Arbitragem da CBF e faz críticas à Fifa.
– A Fifa é a maior responsável pela queda do nível de arbitragem, pois deixou de lado o aprendizado prático em prol da teorização. Em recente curso, um instrutor da entidade falou em ponto futuro, o deslocamento do árbitro, antecipando-se a jogada. Ora, se nem o jogador sabe aonde vai colocar a bola, como é que o árbitro adivinhará? E a CBF não pode fugir ao que a Fifa estipula e que está errado. Deveria haver uma separação na maneira de como conduzir o setor arbitral. Nos jogos no Brasil, virou moda crucificar os árbitros, que estão errando bastante, sim, porém mesmo quando tem razão o clube resolve, em caso de derrota, fazê-lo de bode expiatório e justificar os seus insucessos. Para piorar, o STJD indicia árbitros por discordarem de suas interpretações em campo, o que é um absurdo e ilegal.