No futebol, mais do que em qualquer outro esporte no Brasil, a emoção é um componente que um gestor precisa levar em conta, mas que não deixe se influenciar mas tomadas de decisão, sempre pautadas na razão. Marcus Vinícius Freire foi diretor do COB e agora no Fluminense consegue separar as diferenças e também observa as semelhanças.
– A primeira é a paixão da torcida. É completamente diferente. É “não razão”. No esporte olímpico, como é uma torcida só, as pessoas tinham mais razão. Pensam se tem ou não dinheiro, avaliam o trabalho. A paixão é menor, é mais diluída. São 42 modalidades, aceito perder em um, projeto ganhar em outro. Aqui não aceita não ganhar. Tem algumas coincidências. A política é um pouco parecida. Tem os vices, os conselheiros e os abnegados. Esses são os voluntários, que fizeram a história do clube. Mas viveram isso no final do dia, no horário que conseguiam se dedicar. Hoje a gente monta uma estrutura, que tem de haver uma transição. Fizemos isso nas confederações, nas quais haviam esses voluntários também. Eu queria colocar processo, eles diziam que eram os presidentes e que sempre tinha sido daquela maneira. Vivemos essa transição aqui. Lá tinha dinheiro, mas não era um negócio. Aqui é um negócio, o clube tem uma filosofia com Xerém, Europa e Futebol, é um desenho pronto, mas não há o dinheiro. O clube tem um DNA de jogar, de formar os seus times – comentou.