Além dos números, o rendimento dentro de campo fora de casa mudava bastante em relação ao desempenho no Beira-Rio. O repórter Paulo Nunes, da Rádio GRENAL, relembrou que mesmo repetindo a escalação, o time não conseguia se impor longe de Porto Alegre.
– Nos jogos fora de casa ele era muito contestado porque o Internacional despencava em termos de aproveitamento. O Colorado do Odair tinha um ótimo aproveitamento no Beira-Rio, cerca de 80%, e como visitante caia quase pela metade, indo para 35, 40%. Dentro de casa o Inter criava muitas oportunidades, conquistando boas vitórias e bons placares. Fora de casa era um time muito reativo, tendo a mesma escalação. Sofria muito para conseguir as vitórias ou os resultados que precisava – analisou para o portal Lancenet.
Na avaliação de Paulo Nunes, o desempenho como visitante foi determinante para a demissão de Odair Hellmann, que chegou a ficar quase um ano sem vencer fora de casa pelo Campeonato Brasileiro.
– Em 2018, ano que terminou na terceira colocação no Brasileiro, o time conseguiu apenas cinco vitórias como visitante, uma no returno. Portanto, contando com 2019, o Internacional ficou quase um ano sem vencer fora de casa. O jogo culminante para a demissão, foi um jogo fora de casa contra o CSA, no qual o Inter perde. Os resultados, o rendimento do Inter como visitante foi o que acabou pesando para a demissão de Odair Hellmann.
A opinião do comunicador da Rádio Grenal, Luciano Coimbra, também foi pedida. Para o jornalista, não se tratava de medo, mas sim de maior cautela por parte do treinador quando os jogos eram fora do Beira-Rio.
– Não sei se medo é a palavra certa, mas ele jogava com muito mais cautela do que se tivesse jogando no Beira-Rio. Isso era um fato. O time dele era mais marcador, priorizava ficar sem a bola, diferente do que acontecia no Beira-Rio, onde buscava mais o jogo. Essa era a diferença principal. Mesmo que o time dele fosse reativo, de esperar e ser atacado, de sofrer nas partidas, dentro de casa ele buscava atacar.