Oi pessoal! Toda emoção que uma Copa do Mundo proporciona a quem adora futebol já entrou em campo mesmo na 1° rodada (quando o nervosismo da estreia trava um bom fluir do jogo). Não foi assim com os anfritiões que golearam com facilidade surpreendente uma Arábia Saudita sem sal, ou melhor, sem petróleo. O jogão entre Espanha versus Cristiano Ronaldo que terminou 3×3 foi o destaque da semana tanto no bom futebol da “Roja” quanto na estrela de quem fez do seu corpo humano uma máquina de fazer gols. Segunda, às 15h, os portugueses terão a mesma dificuldade que a Espanha, na última rodada, contra o Irã, a surpresa da Copa, apesar de ter se classificado em 1° na Eliminatórias do Oriente Médio. Aliás, o futebol volta a mexer com a história: depois de parar uma guerra civil (Nigéria) para assistir a Pelé jogar. Dessa vez, é a tentativa para que o governo iraniano retire a proibição das mulheres assistirem jogos de futebol no estádio ou em praças públicas. Vale lembrar que a questão “cultural e religiosa”, ao contrário do infeliz comentário do repórter Eric Faria (Globo), não é o caso. O Islã não proíbe. É decreto governamental. O Irã é o único país islâmico que proíbe. Sobre a questão cultural, já foi cultura mulher não poder estudar e já foi permitida a escravidão. Imagine se “respeitássemos” até hoje essas culturas… Outro detalhe que agrava a atitude totalitária do governo iraniano: jornalistas, inclusive homens, também não podem trabalhar nos estádios locais. Será que Eric Faria não tem sequer solidariedade com os colegas ou apoia mesmo “a cultura e religião” de ditaduras? Não dói na pele dele, não é? Já a nação da “liberdade, igualdade e fraternidade”, a França fez uma estreia abaixo das expectativas. Em atuação decepcionante, ao menos, venceu com “placar VAR” a Austrália (2×1). A nova vitória magra diante da seleção peruana, que chegou a encurralar a França na defesa, mostrou como Dechamps (o Dunga deles), prefere o conservador estilo que time inferior usa: retranca (no mínimo 8 atrás da linha da bola) e saída rápida para o contra golpe. Pouco. Muito pouco para uma das consideradas favoritas. O Uruguai sofreu como sempre para vencer de 1×0 os dois jogos. Time treinado e com jogadores de características para contra-atacar, a Celeste barrou Stuani, que encostaria mais na maravilhosa dupla de ataque (Suárez e, principalmente, Cavani). Os uruguaios precisam vencer a Rússia para ficar em 1° no Grupo A, como se esperava. Segunda, 11 da manhã. A Argentina foi de revoltar quem tem simpatia e arrancar risadas dos “antis”: 9 jogadores davam a bola para o Messi resolver, enquanto ficavam estáticos. A defesa dos Hermanos, especialmente no 1° tempo, parecia a do Fluminense 2018 de Abel: cheia de buracos. Por fim, a cereja do bolo: Messi, como um juvenil, sequer olhou para o gol na hora de bater o pênalti. Só faltou vomitar em campo ou chorar como na final da Copa América… E dizem que ele é frio! O vexame não tardou e foi visto na derrota por 3×0 para a Croácia de Modric. Só um milagre para a classificação para 2° fase. E com time ruim que jogou a toalha, talvez, nem um milagre. E a Alemanha? Os alemães só não foram piores que a Argentina. Mas precisa vencer a Suécia, sábado, às 15h. Sem o drible frontal de um Messi, o recurso que fura retranca; sem a atitude, a fome de gol, de sucesso e sem o gás de 2014 como esperava, os alemães conseguiram perder para o México. Furar retranca adversária sem um jogador que saiba driblar na vertical ou um meio-campo que só um Kross tem o passe longo para virar o jogo num passe, atacando com laterais e zagueiros, dificilmente conseguirá seu gol. A zebra piscou! E agora a atual campeã precisa furar outra retranca, muito usada em torneios (poucos jogos), da líder do grupo, a Suécia sem Ibra. O desafio alemão será sábado, às 15h, já sabendo o resultado do México e Coréia do Sul. Mudanças na escalação à vista com a possibilidade de Brandt (jogador de lado de campo) e Reus de titulares. Se a zebra piscou para a Alemanha, nos jogos do Grupo H, ela piscou e passeou sapeca, especialmente, na vitória de Senegal sobre a favorita Polônia. Os japoneses, que vinham jogando mal, surpreenderam uma Colômbia que sentiu quando não viu a técnica que supõe ter, não encaixar nem resolver, afogada na velocidade dos asiáticos. Bélgica e Inglaterra fizeram o dever de casa da estreia com vitórias. Os belgas com jogadores renomados dando a mesma impressão de que prefeririam estar de férias passeando de barco em Ibiza do que jogando a Copa. Os ingleses como uma Inglaterra: tradição sem glórias, seleções com bons nomes e aquela aceitação se perderem. É golear o Panamá e sentir uma gana faminta para acreditar, lutar e atuar para ser campeã. Campeões, os brasileiros sabem ser. E somos os maiores. Apesar de um time com meio-campo sem criatividade e um corredor direito improdutivo, ainda conto com “O Sexteto” para o sexto título mundial. No empate da estreia, o que Tite tem de melhor – não inventar – foi prejudicial no momento em que o técnico canarinho escolheu tirar Gabriel Jesus ao invés de povoar o ataque com goleadores, tirando William ou até Danilo, já que a Suíça atacava só com no máximo 3 jogadores. Às 9 da manhã dessa sexta é golear ou golear e esperar uma Sérvia classificada mesmo se perder na última rodada para que o Brasil termine em 1° como deve. Medo da Alemanha nas oitavas? Nunca! Mas que seja o México (risos). Nossa Seleção joga um futebol comum por conta de um meio-campo sem um armador de alto nível. E Tite não pode mexer no trio de talento ofensivo que temos porque Neymar, até 50%, continua sendo 80% do time e, diferentemente de 2014, ele tem Coutinho e Gabriel Jesus para “trocar figurinhas”. Que venha a Costa Rica! “P’ra frente, Brasil, do meu coração!” Fraternalmente, ST. Imagem: Reprodução/Internet