Celso Barros presidente da Unimed-Rio, ex-patrocinadora do Fluminense, foi entrevistado pelo jornalista Marcos Paulo Lima, do Correio Braziliense. O assunto foi a saída de Fred. Na conversa, o empresário também fala sobre a possibilidade de ser candidato à presidência do clube. Confira na íntegra:
O que achou da saída do Fred do Fluminense?
Eu estava fora do país, cheguei na quinta-feira, nem sabia. Quando entrei no carro, ouvi no rádio e perguntei ao meu motorista o que era aquilo e ele também não sabiam de nada…
Tomou um susto?
Estava demorando… Quem renova contrato até 2018 com um jogador com a idade que o Fred tem está querendo o quê? Mas todos vocês (da imprensa) aplaudiram, elogiaram o Mário Bittencourt.
Foi uma loucura?
Houve muita maluquice. Quiseram mostrar que o Fluminense tinha vida sem a Unimed… Lógico que até pode ter, ganharam aquela Copa da Primeira Liga, que ninguém nem sabe o que é, mas agora caíram na real.
Fred disse na despedida que “não queria ser um peso para o clube”.
Ele deveria ter pensado em não ser um peso financeiro quando aceitou renovar com o clube.
Há quem diga que o Fred é o maior ídolo da história do Fluminense. Concorda?
Eu, com 64 anos, já vi muitos ídolos passarem pelo Fluminense. Rivellino, Romário… Particularmente, admiro muito o Romário. O Fred não pode ser considerado o maior ídolo. É apenas um excelente jogador que passou sete anos no clube.
Que Fred é esse que o Atlético-MG está recebendo?
O Atlético recebe um jogador excelente, mas o caráter dele e das pessoas que o cercam é complicado. Ele causou muitos problemas, gosta de criar problemas, brigou com o Levir Culpi, fora tantos outros casos que vocês da imprensa sabem muito bem.
Mas o Fred é complicado em que sentido?
Imagina se um colaborador da minha empresa acha de mandar mais do que eu…
Como tricolor, ficou triste com a saída dele?
Fiquei triste com a saída do Conca e de tantos outros excelentes jogadores. A gente sempre fica, mas ele (Fred) gostava de dar problema.
Está arrependido de ter ajudado a trazê-lo em 2009 na gestão do Roberto Horcades?
Agora lembram que fui eu que trouxe, né. Lá atrás, diziam que havia sido não sei quem. Tá bom, já falei mais do que deveria.
Está confirmada a sua candidatura a presidente do Fluminense?
(Risos) Vamos ver, vamos ver, na hora certa vocês vão saber.